Bramanismo é uma religião alicerçada nas questões sociais, econômicas e políticas, com origem sob orientação do Vedas (conjunto de conhecimentos bramânicos). É uma tendenciosa forma de manipulação da sociedade de castas hereditárias na Índia.
O bramanismo já era existente no hinduísmo antigo. Suas doutrinas e dogmas foram e são transmitidas oralmente, “mas a fonte é o todo respeitável deus Brama”. Mais ou menos, no ano 240 a.C., houve tantas mudanças nos seus pensares que o bramanismo se tornou, quase, contendor do hinduísmo.
Entre seus deuses, Brahma é o principal, o deus supremo, criador do Universo. Ele teve quatro filhos: os brâmanes saídos da sua boca, originadores da casta mais alta, a dos sacerdotes, professores, juízes …); kshatriyas, saídos dos braços de Brahma; são os guerreiros; Vaishyas, são os camponeses e comerciantes, que saíram das pernas de Brahma; Sutras, a classe inferior, saiu dos pés de Brahma. Estes se orgulham de sua ordem porque são os serviçais, têm o serviço mais pesado, são os mais fortes, porém os menos cultos.
Os dalits, eram os marginalizados da sociedade, expulsos da sua casta por cometerem algum crime. Nem os sudras, nem os dalits tinham direitos, sequer participavam das atividades socioculturais.
Além do deus Brahma, Vishnu é o deus responsável pela preservação da natureza, Shiva, o deus da destruição, formam a trindade chamada trimurti.
Além destes, há um “Olimpo” com 330 milhões de deuses, entre os quais, destacam-se Ganesha, deus do saber e da sorte, Matsya, o que salvou a humanidade da destruição, Sarasvati, deusa da música, na Índia. Seus deuses podem ser soberanos, guerreiros, e ou defensor da humanidade, suas funções eram terrestres, atmosféricas e celestes.
As principais características do bramanismo são a sociedade em castas hereditárias, a reencarnação, o naturalismo e o individualismo. O livro Manu miriti, considerado o catecismo brâmane, do ano 1000 a.C., considera o sistema de casta apropriado para a justiça e boa ordem da sociedade.
Os brâmanes estabeleceram o Código de Manu (coletivo do deus, pai de toda a humanidade), consiste das doutrinas, práticas religiosas, regras morais e sociais da sua religião e filosofia.
Sua tradição mais antiga era a Samhita composta de hinos e a mais recente, Upanishads, mais litúrgica e mais filosófica, ambas baseadas no Vedas.
Os hinduístas ou bramanistas, ou ainda os varnashramas acreditam, assim como os budistas, os jainistas e os yoguistas, que através das várias reencarnações, os espíritos evoluem até alcançar o moksha (o nirvana budista, o êxtase da cabala, a libertação do ciclo infindo de morte e reencarnação dos jainistas).
Todos quantos alcançam esse tão sonhado, e pugnando “vazio”, alcançam através da meditação e inação; semelhantemente à filosofia niilista: se você vai morrer e tornar-se um nada para que viver. Dizem que o niilista francês Albert Camus suicidou-se jogando seu carro contra uma árvore.
O essencial para o homem é tornar-se um âtman (brahma), um espírito ou alma, como qualquer outra coisa, é ser absoluto em si mesmo, capaz de reavivar outros corpos humanos ou animais, como diz a metempsicose. Mas para conseguir ser âtman precisa se abster da ação, ou terá de reencarnar no mundo do empirismo. O único meio de salvação é a inatividade. “É preciso dormir o sono sem sonhos” sem ilusões.
Preocupações com o salário, com o futuro próprio ou dos filhos é violentar as condições normais da existência, é pretender mudar o curso natural da vida é um “sonho vão e doloroso”. Lembremos o que disse Dalai Lama: “Não entendo o homem porque adoece trabalhando para enriquecer-se, depois gasta tudo para recuperar a saúde.”
É claro que precisamos salvaguardar a saúde, mas o trabalho é necessário. Tudo deve ser com moderação. Deus diz: “Quem não trabalha, não coma” (2 Tessalonicenses 3:10)
Estas religiões indianas e as delas originadas, são ateístas e não encontram base na Bíblia, portanto teremos de definir nossa crença: nos ensinos dos Brâmanes, Budas, Dalais, ou nos profetas e discípulos de Cristo orientados pelo Espírito Santo (2 Pedro 1:19-21).
Desnecessário é repetir que a Bíblia ensina a ressurreição quando Jesus voltar. (1Coríntios 15:51-54; João 5:28-29) nela não existe reencarnação. “O homem só morre uma vez” (Hebreus 9:27).
Ver enciclopédia Bramanism (newadvent.org)