Rubinho de Souza

13 de abril – Dia do Hino Nacional Brasileiro

No dia 13 de abril é comemorado o “Dia do Hino Nacional Brasileiro” cuja música foi composta no ano de 1822, mas a letra só foi escrita 87 anos depois, ou seja, somente no ano de 1909, o nosso Hino ganhou a letra que conhecemos hoje, como Hino Nacional Brasileiro.

O inesquecível Tenente Denizart Fonseca sempre dizia que o Hino Nacional, como um dos símbolos maiores da República Federativa do Brasil, deveria ser cantado todos os dias, em todas as escolas do Brasil, como era no período do governo militar. Nessa época alunos e professores não adentravam a sala de aula, sem que antes enfileirados e com a mão no peito, executassem o Hino Nacional Brasileiro.

O processo de criação de um hino nacional que representasse a independência do Brasil foi bastante complicado, e a escolha do dia 13 de abril para sua comemoração, é uma referência a uma manifestação que ocorreu nesse dia em 1831, quando o Imperador do Brasil, D. Pedro I que abdicou do trono em favor do filho, embarcava para Portugal.

A parte instrumental do Hino, composta pelo maestro Francisco Manuel da Silva, membro da Imperial Academia de Música, e na época profundamente ligado ao movimento de oposição ao reinado de D. Pedro I, que motivado por pressões políticas diversas, ao abdicar do trono, motivou o maestro Francisco e aqueles que eram contrários ao seu regime a festejarem enormemente o ocorrido, executando o hino composto por ele.

O maestro empenhou-se na composição do Hino que marcaria o dia histórico para a atmosfera política do Império do Brasil, porém, um poeta da época, Ovídio Saraiva de Carvalho e Silva, escreveu um poema que foi quase que imediatamente acrescentado à música de Francisco, visto que na letra de Ovídio, era possível perceber o tom anti-lusitano e a esperança na Regência e no futuro imperador D. Pedro II.

A música de Francisco e a letra de Saraiva foram executadas pela primeira vez em 13 de abril daquele mesmo ano, no Teatro São Pedro de Alcântara, no Rio de Janeiro, que passou a ser conhecido após o ocorrido como Teatro Constitucional. Na verdade, antes desse fato, o hino considerado “nacional” era aquele composto por Dom Pedro I após a Independência, em 1822, que depois passou a ser intitulado o Hino da Independência.

Entretanto, a letra de Ovídio Saraiva, com o tempo, acabou por ser relegada ao esquecimento e não mais ser associada à música do maestro Francisco Manuel da Silva, e durante o período do Segundo Império, era costume executar apenas a parte instrumental do hino, sem a letra, e assim permaneceu até o advento da República.
Com a Proclamação da República, em 1889, alguns dos membros do golpe deflagrado contra o Imperador D. Pedro II solicitaram a composição de um novo hino nacional, que tivesse a ver com o novo contexto político do país.

Ocorreu que, do concurso feito para se eleger o novo hino, a música eleita desagradou fortemente o então presidente Deodoro da Fonseca, que então abandonou a ideia e preservou a música de Francisco Manuel da Silva como Hino Nacional.

Em 1906, já no governo de Afonso Pena, outro maestro, chamado de Alberto Nepomuceno, membro do Instituto Nacional de Música, propôs ao presidente da República uma reforma da música de Francisco Manuel, o que foi autorizado, e, para complementar, um concurso para eleger uma nova letra para o hino foi feito.

O vencedor do concurso foi Osório Duque-Estrada, poeta e professor, cuja letra foi combinada com a reforma instrumental que Nepomuceno fez na música de Francisco, e assim, nasceu o Hino Nacional tal como o conhecemos hoje.

Essa nova versão do hino, que prevalece ainda nos nossos dias, só foi oficializada em 1922, no Centenário da Independência, após muitas discussões políticas e intelectuais acaloradas, e ainda que a “música” do nosso hino tenha se tornado oficial durante as Comemorações do Centenário da Independência do Brasil, em 1922, o Hino completo com letra de Joaquim Osório Duque Estrada, e música de Francisco Manuel da Silva, como é conhecida atualmente, no entanto, só foi oficializada em 1º de setembro de 1971, através da lei nº 5.700.logo do fundo do baú raffard

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