Rubinho de Souza

15 de Novembro – Dia da Proclamação da República

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A Proclamação da República aconteceu num momento em que o sistema monárquico passava por uma grande crise, e numa época em que havia um grande descontentamento com o reinado de Dom Pedro II.

Ocorrida no final da década de 1880, a Proclamação da República representa um grande marco na História do Brasil. Afinal, esse acontecimento, além de mudar o sistema político do país, provocou grande transformação em diversos âmbitos da sociedade.

Logo após o Marechal Deodoro da Fonseca proclamar a República, chegou-se a criar uma versão de bandeira para substituir a imperial. Essa nova bandeira era composta por listras horizontais nas cores verde e amarelo, e um retângulo azul com 21 estrelas no canto superior esquerdo, muito semelhante à bandeira dos Estados Unidos. No entanto, essa versão não agradou aos governantes da época, que não queriam a imagem da República, ligada ao governo americano.

Assim, quatro dias após a Proclamação da República, no dia 19 de novembro de 1889, a bandeira da Proclamação da República do Brasil, como a conhecemos hoje, foi oficializada. Formada por três formas geométricas e, inicialmente, 21 estrelas representando os estados brasileiros, além da faixa branca com o lema nacional. Anos depois foram incluídas novas estrelas, formando o total de 27.

Todo ano, na época dos governos militares, lembro-me que o hino da proclamação da república, era cantado pelos alunos da escola, todos enfileirados, mão no peito, enquanto a Bandeira Nacional era hasteada.

Hoje, ao aproximar o dia 15 de Novembro, relembro com saudade dos meus dias de colégio, e das palavras do Hino escrito por Medeiros e Albuquerque e da música de Leopoldo Augusto Miguez, que todos alunos cantavam com o maior orgulho, e o som ainda ecoa em meus ouvidos:

I
Seja um pálio de luz desdobrado, sob a larga amplidão destes céus.
Este canto Rebel, que o passado, vem remir dos mais torpes labéus!
Seja um hino de glória que fale de esperanças de um novo porvir!
Com visões de triunfos embale quem por ele lutando surgir!
Liberdade! Liberdade! Abre as asas sobre nós,
Das lutas na tempestade, dá que ouçamos tua voz

II
Nós nem cremos que escravos outrora tenha havido em tão nobre País…
Hoje o rubro lampejo da aurora, acha irmãos, não tiranos hostis.
Somos todos iguais! Ao futuro saberemos, unidos, levar
Nosso augusto estandarte que, puro, brilha, avante, da Pátria no altar!
Liberdade! Liberdade! Abre as asas sobre nós,
Das lutas na tempestade, dá que ouçamos tua voz

III
Se é mister que de peitos valentes, haja sangue em nosso pendão,
Sangue vivo do herói Tiradentes, batizou neste audaz pavilhão!
Mensageiro de paz, paz queremos, é de amor nossa força e poder,
Mas da guerra, nos transes supremos, heis de ver-nos lutar e vencer!
Liberdade! Liberdade! Abre as asas sobre nós,
Das lutas na tempestade, dá que ouçamos tua voz

IV
Do Ipiranga é preciso que o brado, seja um grito soberbo de fé!
O Brasil já surgiu libertado, sobre as púrpuras régias de pé.
Eia, pois, brasileiros avante! Verdes louros colhamos louçãos!
Seja o nosso País triunfante, livre terra de livres irmãos!
Liberdade! Liberdade! Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade, dá que ouçamos tua voz!

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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