Marcel Capretz

A diferença da média para o excelente

A excelência humana é algo raro. Nem todo mundo se destaca. A maioria fica em uma linha média ou abaixo dela. São poucos aqueles que saem da curva positivamente. Isso se dá na vida e, claro, no esporte. Só temos um time campeão.

No Brasileirão, por exemplo: dezenove times “perdem” e apenas um levanta o caneco. Na eleição de melhor jogador do mundo: quantos atletas profissionais temos no planeta? Mas apenas um se destaca o bastante para levar o título de melhor.

Não quero aqui falar apenas de probabilidade. É claro que as chances puras e simples de alguém se destacar são pequenas. Mas quero ir além. Para ser o melhor ou estar entre os melhores tem que fazer coisas que a maioria não faz. Dá trabalho. Tem que pagar o preço. E é nesse ponto que para mim está a diferença que faz a diferença.

O cérebro humano tem como instinto básico de sobrevivência manter a vida com o menor gasto de energia possível Para quebrar essa engrenagem e sair de uma inerte zona de conforto é necessário muita força de vontade. Uma força interna gigantesca. E poucos se dispõe a isso. Porque de fato não é algo simples. É para uma pequena parcela da população. Justamente, a que se destaca.

Admiro os campeões. Porque eles quebram essa vertente autodestrutiva da natureza humana e fazem o que deve ser feito. Até porque o sucesso deixa pistas. Deixa rastros. Não tem fórmula pronta, porém revela um caminho pré-roteirizado. E porque não são todos que trilham esse caminho? Porque dói.

Estude a fundo um vencedor e verá que ele emana e comunica sucesso ao mundo em todas as suas interações inter e intra pessoais. São ações, gestos, palavras, tudo voltado ao triunfo em determinada área. É o jogador que cuida do corpo se alimentando bem e descansando ao invés de ter uma vida boêmia.

É o treinador que busca não só as competências técnicas e táticas do jogo, mas também conhecimentos de liderança, comunicação e gestão para lidar melhor com o ambiente porque ele sabe que isso será determinando para chegar no topo.

É o clube que tem uma boa administração proporcionando aos seus profissionais recursos e estrutura. Enfim, o mundo paga desempenhos excelentes com resultados excelentes. Por que poucos chegam lá? Porque poucos se dispõe a ter a dor de quebrar a normalidade da vida humana.

ARTIGO escrito por Marcel Capretz
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Jornal O Semanário

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