Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo

A fonte serve sem exceções

Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo é especialista em dependência química pela USP/SP-GREA

A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e guardar-se da corrupção do mundo. Tiago 1.27

Você já ouviu essa frase ou coisa semelhante: “Não somos seres humanos passando por uma experiência espiritual… Somos seres espirituais passando por uma experiência humana”…

Diante disso devemos concluir que temos um corpo e somos um espírito.

Espíritos são os seres inteligentes criados por Deus e que habitam o Universo, não apenas o planeta Terra; portanto, todos nós somos espíritos que tivemos uma origem, um princípio, mas não teremos fim, somos imortais.

Tudo na vida é obra do Criador, que tem vários nomes, dependendo dos costumes; Moisés chamava de Jeová, Jesus de Deus e Pai amantíssimo, demonstrando dessa forma que somos todos irmãos, e o amor e o respeito pelo semelhante deve ser fonte de busca constante para uma vida e um mundo melhores.

Não somos obra da paisagem em que vivemos, somos frutos do que desejamos, dos nossos interesses e dos nossos anseios, sonhos e espiritualidade. Assim, nosso presente é reflexo do nosso passado, assim como nosso futuro refletirá nosso presente; aprendemos muito com os nossos erros e também com os acertos.

Errar não é pecado, é aprendizado, e o aprendizado dos erros é tão significativo como o dos acertos. Quando nos equivocamos, podemos mudar, e já sabemos que haverá consequências para todas as nossas ações.

Existe um provérbio japonês que ensina: A sabedoria e a virtude são como as duas rodas de um tílburi (carro de dois lugares, puxado por um animal). A virtude é um guarda-chuva que abriga o amor, a paciência, a esperança, a fé e a bondade.

Muita coisa entra e sai da moda; porém, o amor e a sabedoria são manifestações vigorosas que não desaparecem porque são eternas por determinação Divina. E são sempre investimentos que compensam, porque em tudo aquilo que fizermos teremos a lei do retorno.

E, semelhante a essa fonte de amor e sabedoria, que é Deus, o homem deve buscar o próprio bem à custa de fazer o bem, para que o mundo se transforme em algo melhor do que aquilo que encontrou quando aqui chegou. Diz o médico André Luiz: “A ponte serve ao público sem exceções, por afirmar-se contra o extremismo”.

Não adianta reclamarmos do mundo e dos homens, devemos nos empenhar para não nos associarmos aos imperfeitos (viciosos, negligentes e ociosos) e aos maus, pois eles podem crescer em número.

Chico Xavier, falando sobre o respeito às demais religiões, afirmou que: “Minha religião não me ensina a ser melhor que os outros. Minha religião me ensina a ser melhor para os outros”.

Não devemos ter a pretensão de dar lição a ninguém, mas que nosso viver possa servir de exemplo para aqueles que olham e acompanham nosso caminhar. A nossa crença nos faz bem e devemos fazer o bem para nossos semelhantes.

As pequenas fontes que se juntam formam o grande rio e de pequenas em pequenas árvores se formam o pomar e o bosque. Por que não investirmos, passo a passo, na fraternidade de cada dia para construir um Cristo dentro de nós na Terra?

ARTIGO escrito por Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo é especialista em dependência química pela USP/SP-GREA
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Jornal O Semanário

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