Seguia um caminho na mata, um tipo de trilha de gado ou cavalo.
Curioso, fiquei observando a altura das árvores e, olhando para o alto, nem prestei atenção no caminho para voltar.
Fui andando.
Nada me impedia de prosseguir. Os cantos das aves e os macacos pareciam fazer festa na mata.
Eu nem ligava quando via uma cobra. Estava passeando, admirado.
Até que ouvi um barulho de água.
Segui o som e, conforme avançava, a mata foi clareando. Então, avistei uma roda de madeira gigante, girando pela água.
Cheguei mais perto e fiquei impressionado!
Havia uma imensa casa ali. E um jardim que me deixou encantado.
Ao lado da casa, um lago construído com pedras gigantes.
Já era tarde, mas continuei apreciando a água do lago e as flores ao seu redor.
De repente, notei que as luzes da casa se acenderam.
Apareceu um homem com roupas estranhas e chapéu amassado para cima. Usava botas, segurava um chicote na mão e me chamou pelo nome, me convidando para entrar.
Acompanhei-o e, ao cruzar a porta, me perguntou:
“Está admirado?”
Antes que minha voz saísse, continuou:
“Ainda não conhece a mansão? Me acompanhe.”
Eu só obedecia. Não conseguia responder nada.
Fiquei cada vez mais encantado com a beleza de tudo que via.
Ele me levou até uma lareira, onde me convidou a sentar e me serviu uma bebida, que deveria ser um chá. Então, começou a falar:
“Esta é a mansão mais antiga do mundo, e poucas pessoas têm a oportunidade de conhecê-la. Você é uma delas!
Isso depende muito do coração das pessoas.
Amor, bondade, caridade. Tudo que há de bom dentro do coração.”
Eu não dizia nada. Apenas olhava para todos os lados, para cima e para baixo.
Quando finalmente consegui abrir a boca para perguntar:
“Por que aqui todas as luzes estão acesas e ali daquele lado não?”
Apareceu um senhor todo iluminado, vestindo roupas brancas.
Eu quis me levantar, mas ele estendeu a mão sobre mim.
Foi então que acordei, querendo contar para todos que estive na mansão mais antiga do mundo.
