J.R. Guedes de Oliveira

A palavra bendita (bem dita) e a palavra maldita (mal dita)

A palavra, sempre, deve ser bendita (bem dita) e, nunca, maldita (mal dita), principalmente nos tempos atuais, quando crassa a intolerância, a discriminação, a falta de humanismo, a discórdia, a desumanidade, a falta de caráter e o preconceito de um modo geral e amplo. Somados a tudo isso, não nos esqueçamos da corrupção generalizada que, ao desejo da posse financeira, ridicularizam senhores de todas as estampas.

A palavra como veículo de harmonia, deve ser expandida aos borbotões, sem receio algum de sua promoção entre comunidades e povos de todos os quadrantes. É essa a ordem natural das coisas, de todos os pontos de vista. O Mestre dos Mestres apontou, como sendo a palavra primordial, o “verbo”.

Não se pode admitir a palavra mal dita, ou melhor, perversa, maléfica, rude, desequilibrada, sarcástica, deturpada, felina, repugnante e hipócrita. Tal ensejo é o sementeiro da inutilidade terrena, que apodrece princípios e vinga as disparidades.

A palavra bem dita tem o significado da esperança, da amizade, da coexistência pacífica, da tolerância, do amor, da riqueza de sentimento, da força motriz da harmonia entre as pessoas.

A palavra deve ser uma alavanca de prosperidade comunicativa e, associada a esta, a ação da irmandade que reina, quando há sintonia do respeito recíproco e da alegria do viver.

Porém, a palavra maldita, pelo seu próprio significado, tem um sabor ácido, o fel da maldade, a característica da desarmonia e do império do terror, do desprezo e da perversidade que gera conflito e espalha ódio e sucinta interrogações e exclamações de tristeza e melancolia.

A palavra bendita, como veículo de bondade e de gratidão, tem o valor maior e o significado do avanço e estreitamento da amizade e do respeito para com o próximo.

Dentre as palavras bendita, situa-se, em maior grau, o amor.

Dentre as palavras malditas, situa-se, num grau desprezível: a intolerância.

Quando os fluídos da bondade se espalham entre as pessoas e nações, alavancam, por conseguinte, um progresso fenomenal.

Quando os fluídos da perversidade, chamadas de intolerância, se tornam presente na humanidade, então o retrocesso se estende, capaz de momentos infelizes, de conturbações e de indignações que pesam na alma e promovem a revolta.

Construímos, pois, o nosso pensamento na tolerância e na palavra bendita. Retiremos, ou melhor, eliminemos do nosso dicionário cotidiano, a palavra intolerância, que é a maldade explícita que gera conflitos e, mais ainda, promove a discórdia, aflige, pois, a humanidade.

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Escritor J.R. Guedes de Oliveira (Foto: Divulgação)

ARTIGO escrito por J. R. Guedes de Oliveira, ensaísta, biógrafo e historiador. Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do jornal. São de inteira responsabilidade de seus autores.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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