Rubinho de Souza

A Rafard dos velhos tempos: por Ginho Hortolani

Recordando e relembrando de quando nossa cidade ainda era uma Vila de Capivari, lá pelos anos 50, me veio à memória, o grande número de comerciantes que eram estabelecidos na Rua Maurice Allain…

Tínhamos, onde se conhece por esquina do Rossi, o armazém do Bordenalli, que depois de muito tempo, passou a ser armazém de Leandrim, e ao lado do sobrado de meu avô Paulino Pellegrine, a venda do meu pai Luizinho Hortolani, e no térreo abaixo do sobrado do meu avô, funcionava o Correio, onde as correspondências e jornais como Folha de S. Paulo e Estado de São Paulo e Gazeta Esportiva, chegavam em malotes pelo trem.

Quem sabia o horário do trem, logo depois, ia na frente do prédio para pegar o seu exemplar de jornal, ou ver se havia chegado alguma carta para a família, com o Sr. Paulo Pellegrine, meu avô. Depois passou a ser Dona Nair, minha mãe, a fazer as entregas, e mais tarde, eu e minha irmã Ana também trabalhamos como agentes do correio.

Tinha na mesma rua, mais abaixo o armazém do Zuza Pellegrine, o Nardo Fontolan, o Milton Pellegrine, e na Praça da Bandeira, o armazém do Meneguine, que depois foi também do “Cebolita” que mais tarde vendeu para César Aprilante.

Tínhamos a Oficina dos Cortellazzi, onde trabalhavam Ernesto Albertine, e os irmãos Aldo e Misto.
Para lazer tinha a sede, onde se jogava bochas, com os principais frequentadores, Gênio Turatti, a quem chamavam de “índio”- porque segundo ele cada flechada (bola), ele não perdia o ponto, de jeito nenhum. Tinha o Puxe, que era chamado de “Porete” pelo modo italianado de falar, tinha ainda, os irmãos Zé e Estevo Larazine, Nane Borsarão, entre outros…

Sapatarias, tínhamos do Geraldo Capellari, que passou para João Polesi, tinha ainda a dos irmãos Sanches, e de Maelmo Alves.

Alfaiatarias, tinha a do Leitão e a de Laerte Abel Galvão.

Tinha a fábrica de bebidas dos irmãos Braggion.

A Família Darros, que manteve durante muitos anos a sua fábrica de farinha de milho, na Rua Abolição.
Barbeiros, tínhamos o Américo Chiarini, o Danilo Abel, o Bernardino, Leonidas Ferreira, e próximo à Estação do trem, tinha ainda o Bepe Relle, e um único motorista Carmo e barbeiro, que quando era barbeiro era Carmo, e quando era motorista, não era barbeiro.

Bons Tempos!logo do fundo do baú raffard

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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