Opinião

A TV e a formação da família 6

16/01/2015

A TV e a formação da família 6

Leondenis Vendramim é professor de Filosofia, Ética e História (Foto: Arquivo pessoal)
Leondenis Vendramim é professor de Filosofia, Ética e História (Foto: Arquivo pessoal)

Artigo | Por Leondenis Vendramim

Prometo que será este o último tema a respeito, embora ainda haja muito a se comentar sobre a TV e os demais eletrônicos. A TV e a internet podem ser educativas. Há bons programas. O mal está na quantidade de horas que se passa diante deles e o conteúdo que se absorve. Vimos que há muitos efeitos negativos para a saúde física, moral e espiritual, além dos males para o social. Programas sobre a natureza, musicais seletos, aulas sobre várias ciências, sobre saúde e enriquecimento espiritual como a Novo Tempo apresenta, desenvolvem a sabedoria e embeleza a alma. Neste artigo, quero pôr a céus claros, para reflexão e debate, o assunto das “mensagens subliminares”, constatados em filmes, desenhos animados, músicas e outros meios.

Seria interessante definirmos mensagens subliminares. A palavra subliminar é composta de sub (embaixo) e liminar (assunto principal, que antecede o assunto principal). Também quer dizer escondido, sob. Mensagem subliminar é, portanto, uma mensagem quase imperceptível, enviada dissimuladamente, oculta, mas captada pelo subconsciente que vão motivar a consumir o produto propagado ou influenciar nas escolhas e atitudes a posteriori. Segundo alguns estudiosos, essas mensagens têm o poder “enfeitiçante”, como uma hipnose sobre os que as recebem, levando-os a praticar o sugerido por elas. Um exemplo claro dessas mensagens, embora mais perceptível, é a propaganda da Jequiti cosméticos, que o canal SBT lançou. Aparece em frações de segundo um luminoso com a propaganda. Essas mensagens são formas de marketing persuasivas e poderosas. Há muitas mensagens, que através do subconsciente, formam ideias que persuadem. Não fosse assim Sílvio Santos não usaria desse meio. Os mais argutos, dentre muitos especialistas, dizem que as crianças em especial, percebem a mensagem com mais ligeireza.

Não há um trabalho científico sobre a existência e influência dessas mensagens, entretanto, não se pode negar, por exemplo, que entre os filmes da Disney como “The King Lion” (O Rei Leão), numa cena em que Simba se prostra sobre a rocha, as nuvens em movimento formam a palavra “SEX”. Os criadores da animação dizem ser apenas uma “assinatura”. Mas lá está a mensagem, ou melhor, diante do clamor, os autores retiraram das novas cópias tal cena. Isto aconteceu também com a cena do filme “A Pequena Sereia” em que aparece o padre excitado ao oficiar o casamento. Ainda, neste caso os animadores corrigiram, tirando o joelho do padre, que dava tal ideia. Tal cena rendeu um processo movido pela Sra Janet Gilmer, do Arkansas contra a Disney, pela exposição das crianças à tal cena.

Em muitos filmes aparecem órgãos genitais, desenhos infantis eróticos e comumente, caricaturas de figuras demoníacas. Não se pode ignorar, novelas, filmes e músicas, trazem muitas mensagens, no mínimo dúbias a fim de formar dissimuladamente, ideias opostas à moral e à verdade em paralelo com a mensagem central, e assim, criar nos infantis uma rebelião contra as autoridades dos pais, professores e até da polícia, com a justificativa de estimular nos telespectadores a sua auto independência. Na dúvida, a família precisa ser blindada contra todas as más influências.

Nosso escopo é chamar a atenção dos pais e responsáveis para aquilo que os filhos estão ouvindo e vendo, porque é exatamente isso que está alimentando a mente dos imaturos e forjando o seu caráter. Nossas escolhas determinam seu futuro. Que Deus nos dê sabedoria e prudência para educar esses rebentos sem esse lixo cultural, a fim de termos uma sociedade mais digna e respeitosa.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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