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Ainda, Capivari IV

12/01/2018

Ainda, Capivari IV

ARTIGO

Denizart Fonseca, Cidadão Rafardense, oficial da FAB e professor de Educação Física e Desportos, colaborador desde a fundação do jornal O Semanário

Denizart Fonseca é professor de Educação Física e militar (Foto: Arquivo pessoal)
Denizart Fonseca é professor de Educação Física e militar (Foto: Arquivo pessoal)

Registros de Convocação Militar

Algumas províncias italianas disponibilizam num conjunto denominado Arquivo de Stato, informações sobre as chamadas listas de leva militar e, que apresentam dados de local e data de nascimento, bem como de filiação, dos convocados para o serviço militar, mesmo que o convocado tivesse deixado o país – nesse caso, o cidadão era incluído na categoria de renitenti (insubmissos).

Nesta pesquisa, dois desses arquivos foram mais utilizados: o Archivio di Stato di Padova (com as listas de convocação das províncias de Pádua e de Rovigo), e o Archivio di Stato di Treviso. Essas fontes foram referenciadas pela sigla ADS.

Registro da hospedaria de Imigrantes

O imigrante que chegava ao Estado de São Paulo, após deixar o vapor em que viajara e desembarcar no Porto de Santos, era conduzido à Hospedaria dos Imigrantes, na cidade de São Paulo, inicialmente no Bairro Bom Retiro, e mais tarde no Brás. Ali o imigrante era registrado – quando se tratava de um grupo familiar, um deles era considerado como chefe, e o nome dos demais era anotado em sequência, com uma indicação quanto ao parentesco com o chefe. Reside aí uma fonte de possíveis equívocos, principalmente porque, em alguns casos, as relações de parentesco eram escritas em italiano. Ao longo do texto que descreve as famílias em Capivari, mais à frente, fazem-se comentários sobre erros de tradução, sendo o mais comum deles a ambiguidade da palavra nipote, que em italiano pode ser usado designar tanto um sobrinho quanto um neto. Quando o grupo de migrantes tinha um contrato já definitivo com um fazendeiro, algumas vezes o destino da família era indicado no registro. É essa indicação que permite associar determinados migrantes a Capivari, principalmente quando há falhas na transcrição dos nomes, tal como ocorre no caso da chegada de Bertolo Brugnarato (na verdade, Brugnerotto). O velho prédio da Rua Visconde de Parnaíba, 1326 a Hospedaria de Imigrantes, durante a 2ª. Guerra Mundial, após servir para Cursos da Escola Técnica de Aviação, formando Especialistas em aviões militares, tendo como Instrutores Oficiais da Força Aérea Norte Americana, foi a alguns anos, transformado em Memorial do Imigrante. Até recentemente, apenas nesse local era possível consultar as informações provenientes do Livro de Registro da Hospedaria, transcritas para o banco de dados digital, com os naturais problemas que podem apresentar transcrições desse tipo. Mais recentemente, devido ao fechamento do prédio do Brás, por motivo de reforma, o banco de dados passou para o Arquivo do Estado, que compôs uma página eletrônica com o título geral de Museu de Imigração, permitindo o acesso digital às informações do banco. Adicionalmente, pode-se visualizar um fac-símile das folhas do livro de registro, o que permite o esclarecimento de dúvidas sobre a transcrição. Sem levar em conta as mudanças institucionais recentes quanto à administração desse acervo, esta fonte está sempre referenciada no texto com o nome geral de Memorial do Imigrante. Cabe ainda comentar que, a menos de raros casos explicitamente citados, as informações de chegadas ao Brasil provem de acervo do memorial. (Segue).

Cidadania

De volta, felizes e agradecidos a Deus por podermos continuar colaborando com este periódico, contando com apoio dos leitores, sempre em benefício da Ordem para que haja Progresso desta nossa querida Rafard. Estivemos no dia 28/12/2017 na Unidade Mista de Saúde da Coordenadoria Municipal, onde fomos muito bem atendidos pelos funcionários e pelo Dr. Antonio Celso P. Cunha, ocasião em que, constatamos a visita (possivelmente em inspeção), do Prefeito, seu substituto legal e o fotógrafo Rafael Alves, demonstrando boa administração no interesse ao bom funcionamento dessa Secretaria. Parabéns. Enquanto isso, a lâmpada no poste da nossa esquina continua apagada. É isso.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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