Crise no Palmeiras
A má fase do Palmeiras não é de hoje. Faz muito tempo que o clube vive claudicando. Vamos voltar algumas décadas. O Verdão ficou de 1976 a 1993 sem ganhar um título sequer. Foram longos 17 anos na fila, que só se encerrou depois que veio a Parmalat com um caminhão de dinheiro. Foram comprados jogadores caríssimos e o Verdão passou a ser administrado em uma co-gestão. Não eram os dirigentes palestrinos que comandavam o clube. Foi necessária a vinda de outras pessoas para fazer a equipe voltar a ser campeã.
Enquanto esteve com a parceria o Palmeiras foi um clube mega-campeão. Venceu o Paulistão, o Brasileiro, a Copa do Brasil e a Libertadores. Os técnicos Vanderlei Luxemburgo e Luis Felipe Scolari brilharam ao lado de craques como Evair, Edmundo, Rivaldo, Zinho, Paulo Nunes, Alex, dentre outros. Mas bastou a Parmalat e o seu dinheiro saírem que o Palmeiras voltou a entrar em parafuso. Os dirigentes do clube não conseguiram mais uma vez tocar o futebol e o auge da crise aconteceu em 2002 com o rebaixamento para a segunda divisão.
O jejum de grandes títulos, que vinha desde a Libertadores de 1999, só foi se encerrar novamente neste ano. Felipão, de volta ao clube, conseguiu se fechar com um limitado grupo de atletas e conquistou a Copa do Brasil, vencendo apenas dois times de primeira divisão.
Esse troféu maquiou muita coisa que está errada. Os diretores do Verdão pensam muitas vezes em benefício próprio. Se uma ala política não está no poder torce contra o time para poder tripudiar quem está no comando. E essa inconstância nos bastidores atrapalha o time dentro de campo.
O Palmeiras está muito próximo de ser rebaixado novamente. Nenhum time grande no mundo caiu para a segunda divisão duas vezes em dez anos. A demissão de Felipão foi o primeiro passo para a queda. Dentro de campo, os jogadores parecem não reagir. O que era falta de qualidade agora está virando nervosismo. Que os dirigentes aprendam de uma vez por todas a trabalhar em prol de algo muito maior que eles que é a Sociedade Esportiva Palmeiras. Não é toda hora que vai vir um patrocínio milionário para livrá-los da incompetência.
