As condições climáticas geralmente não interferem na temperatura interna do corpo humano, que permanece praticamente constante: a temperatura interna pode variar de 33oC a 41oC (geralmente ficam em torno de 36,5oC) – temperaturas mais altas ou mais baixas durante intervalos de tempo relativamente baixos, podem até matar. As alterações só irão ocorrer quando a temperatura do ambiente ultrapassar limites em que o organismo não consegue mais equilibrá-la, quer seja baixa ou alta (em dias muito frios ou muito quentes, pessoas chegam a morrer por causa deste desequilíbrio).
O corpo humano apresenta cerca de 70 % de água, em massa (ao envelhecermos, esta porcentagem vai diminuindo). Portanto, torna-se inevitável que parte desta água – na forma de suor – seja eliminada a todo o momento pelos poros de nossa pele. Quando praticamos esporte, a tendência é que nosso corpo tenha um aumento na temperatura corpórea; no entanto, a transpiração torna-se uma defesa natural do organismo contra elevações na temperatura que podem ser danosas. O suor é formado praticamente de água e de alguns sais. A água da superfície da pele que vai evaporando, absorve calor do corpo, reduzindo sua temperatura (qualquer substância ao passar do estado líquido para o estado vapor, consome energia). Portanto, o aumento da transpiração também aumenta o conteúdo de energia “roubada” do organismo para evaporar a água e isto é um mecanismo para evitar o aumento da temperatura corpórea.
O suor tanto pode evaporar quanto ser absorvido pelas roupas. O acúmulo de suor em áreas como dobras, coxas, virilhas, axilas, por exemplo, aumenta a umidade local, o que favorece o aparecimento de irritações da pele ou de infecções por bactérias e fungos. Uma única gota de suor pode ter até quinhentas substâncias diferentes.
Prof. Dr. Daltamir Justino Maia
Professor de Química no Instituto Federal – Campus Capivari
