Leondenis Vendramim

Bíblia sem preconceito – 46

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Leondenis Vendramim é professor de Filosofia, Ética e História (Foto: Arquivo pessoal)

A luta pela sobrevivência continua. Os governos têm dado atenção aos idosos. Jonathan Weiner escreveu “The Strange Science of Imortality” um tratado sobre as conquistas da medicina com este objetivo, destaca que no século 19 a expectativa de vida era de 46 anos, hoje é 79, e em 2020 será o dobro.

Cientistas da genética e gerontologia têm se dedicado à criônica, na esperança de ressuscitar a pessoa quando descobrirem a cura para as doenças letais. Criônica é colocar o cadáver num recipiente com uma solução de nitrogênio líquido, bem abaixo de 0º (processo custoso – só ricos conseguem, porém há mais de 200 hibernando, à espera do avanço científico).

O imperador chinês Mao Tse Tung, morto e embalsamado em 9/9/1976, também aguardaria o avanço da medicina para ser ressuscitado e curado, a fim de viver eternamente. O caso é curioso porque, para a preservação de Mao usaram tanto formol que seu corpo inchou e rasgou sua roupa. A solução foi sepultá-lo no mausoléu e fizeram um imperador de cera.

A eliminação da morte continua desafiando a ciência.

Vários cientistas da Europa, Ásia e América do Norte estão empenhados com afinco para conservar humanos joviais, belos, saudáveis. O programa “Big Brain” pretende obter um cérebro ultra-humano nestes anos. Os filmes “O Homem de 6 milhões de Dólares”, baseado no livro “Cyborg” de Martin Caidin, e “Robo Cop, o policial do futuro”, escrito por Edward Neumeier e Michael Miner são amostras das buscas científicas, para já. Existem braços, pernas e muitas outras próteses, robôs, que aprimoram os movimentos humanos e de animais.

O alvo, agora, é um cérebro, talvez computadorizado, que supere o humano. Profissionais da Ciência da Computação estão na expectativa de anunciar poderosos robôs capazes de resolver problemas, responder questões com raciocínio, emoções e até sentimentos humanos.

Isto já começa a fazer parte do convívio das pessoas! Há, mesmo, o receio de que as máquinas superem os homens, não só substituindo a mão-de-obra, mas como nova forma de vida artificial, mais inteligente, mais poderosa e mais rápida do que os humanos, seus criadores.

E não pensemos que estes inventos estejam só no campo da ficção, pois alguns protótipos, não tão evoluídos, ainda, já fazem parte do nosso cotidiano. A nanotecnologia acredita que substituirá células e neurônios doentes ou mortos por nanorrobôs com a genética do indivíduo.

Os cientistas esperam, para estes próximos anos, com os avanços da medicina, da genética, da robótica, da nanotecnologia e informática eliminar a morte. Deus já predisse que os homens “esquadrinharão, e a ciência se multiplicará” (Dan 12:4). Porém, a morte não é uma questão de ciência humana, nem é questão de pura filosofia, como pretenderam Sócrates (470-369 a.C.), Platão (427 – 347 a.C.) e outros.

Sócrates disse que filósofo é aquele que sabe morrer e ensina a estar apto para a eutanásia (boa morte). A história afirma, com dúvidas, que ele foi condenado a tomar cicuta (veneno) e disse: “É hora da partida, eu para a morte e vocês para a vida”.

A morte é questão transcendente, é problema espiritual insolúvel. Todos, filósofos, médicos, geneticistas, ou, leigos procuram postergar o dia da morte, exceto alguns niilistas, sofredores terminais, ou tresloucados procuram a morte. As Escrituras dizem: “A alma que pecar morrerá” (Ez. 18:4). “Todos pecaram” (Ro. 3:23). Portanto, você, leitor, e todos nós, estamos condenados à morte, até mesmo os cientistas, preconizadores e pregadores da eternidade da alma morrerão, porque Deus o disse (Ez. 18:4).

Por isso Deus preveniu aos primeiros pais: “De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás, porque, no dia que dela comeres, certamente morrerás” (Gn.2:16-17 e 3:3). Foi o Diabo que contradisse a Jeová: “não morrereis” (Gn 3:4).

E Platão embarcou nesse “barco furado” e de carona vão todos aqueles que descrerem da Palavra de Deus. Por mais aprimoradas as ciências, por mais poderosos e ricos os homens, nada poderão fazer para evitar a consequência da transgressão da lei de Deus. A morte é certa.

A única solução para a condenação do homem está fora dele, mas ao seu dispor “o dom gratuito de Deus é a vida eterna por meio de Cristo Jesus nosso Senhor”. Em quem devemos crer: no Criador ou nas criaturas? Você decide.

ARTIGO escrito por Leondenis Vendramim, professor de Filosofia, Ética e História. Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do jornal. São de inteira responsabilidade de seus autores.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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