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Capivari e sua verdadeira história XXI

22/09/2017

Capivari e sua verdadeira história XXI

Denizart Fonseca é professor de Educação Física e militar (Foto: Arquivo pessoal)
Denizart Fonseca é professor de Educação Física e militar (Foto: Arquivo pessoal)

A Guarda Nacional

Essa corporação, instituída em 1831, ficaria, no que se referia a Capivari, incluída na secção de Porto Feliz, dada a proximidade de ambas as Vilas.

O Conselho de Qualificação Local, ficaria assim constituído: Estanislau de Campos e Arruda / Manoel José de Almeida Leme / José de Camargo Penteado / Bento Dias Pacheco / Joaquim de Toledo Piza / André de Mello Almada / Manoel de Campos Penteado e Mello.

Qualificados os Guardas, em número de 97, o Capitão Corrêa Leite oficiou ao Presidente da Província denunciando irregularidades que dizia praticadas pela Junta de Qualificação, como a exclusão da Milícia de numerosos cidadãos em condições de serem alistados, do que, defendeu-se o Juiz de Paz Estanislau Arruda nestes termos:

“Ilmo. e Exmo. Sr.

O Conselho composto por eleitores desta Vila, na forma da lei, deu baixa somente àqueles que manifestamente estavam excluídos da literal disposição da lei de 18 de Agosto de 1983, e que indevidamente foram alistados quando não pensavam para reclamar, tanto assim que, a maior parte desses homens nunca calçaram, outros que ordinariamente andam por esta Vila e em toda parte, de camisas e ceroulas por sumamente pobres (A lei estabelecia como condição para o alistamento renda mínima de Cr$100,00 anuais), de maneira que nunca foram chamados para alguma lição primária, o que prova que sempre foram inábeis, para a Guarda Nacional, não me constando e estando eu convencido que nenhum dos excluídos tinha, cem mil reis de renda.

Os Guardas Nacionais desempenhavam funções policiais e estavam subordinados ao Juiz de Paz, que os convocava para prestação de serviço, quando necessário, estando a chefia da Secção de Cavalaria a cargo de Antonio de Arruda Amaral, o qual, em ofício ao Presidente informava: “tenho feito quanto está ao meu alcance quanto para conseguir a uniformização da Secção de Cavalaria que tenho a honra de comandar, apesar de S.Exia., o senhor Presidente me haver oficiado que a lei a esse respeito é fraca e impotente, e é em resultado os meus esforços que tenho conseguido alguns Guardas se acharem fardados e espero que conseguirei brevemente estarem todos, o que nunca conseguiria se ainda estivessem com praças tão miseráveis que, ainda vendendo quanto possuem não tinham com que se uniformizarem.

Permita-me V.Exia. que eu represente a necessidade de armamento, cuja falta sem dúvida coopera para que os Guardas se descansem sobre seus uniformes e donde resulta que a necessidade tem autorizado em algumas diligências indispensáveis, servirem-se eles de suas próprias armas.”

A volta de D. Pedro

Os primeiros tempos da regência, organizada após o 7 de Abril, para governar o país em nome de D. Pedro II durante a sua menoridade, foram bastante agitados, havendo até sociedades sediciosas constituídas para trabalhar pelo regresso do ex-Imperador. No Rio de Janeiro existiu, em 1833, uma Sociedade Militar que se dizia fundada para batalhar por esse objetivo: a reposição de D. Pedro I no trono do Brasil e Capivari não deixou de abalar-se, também com esse fato, sendo bastante pitoresco o ofício que a esse respeito enviou o Juiz Arruda ao Presidente da Província, respondendo circular alertadora que recebera daquela entidade. “Acuso recepção da circular datada de 2 de Julho p.p., em que V.Excia. se dignou mostrar os motivos da suspeita que há da pretensão do ex-Imperador D. Pedro voltar a este Império, e por isso a necessidade da prevenção contra semelhante tentativa e que em consequência me determina que informe dentro do prazo de 30 dias quanto possa concorrer para a organização da Guarda Nacional nesta Vila, o que cumprindo levo ao conhecimento de V.Excia. que a Companhia de Infantaria já fez sua eleição de Oficiais e estes do Estado Maior, mas que a Secção de Cavalaria, se bem que tenha seus Oficiais, não sabe a que Esquadrão pertence, ambos estão sem armas, sem disciplina e sem fardamento. Capivari, 8 de Agosto de 1833.

a) Estanislau de Campos e Arruda.” NT. Os leitores devem ter notado a repetição de alguns trechos deste documento, demonstrando o perfeito cumprimento do dever das autoridades de então.

Cidadania

Agradecemos a quem teve a gentileza de cortar – ou mandar cortar – o mato existente na calçada da nossa residência, nos dando a certeza de que nem tudo está perdido. Enquanto isso o trânsito continua “uma zorra total”, com maus motoristas agindo…

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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