Opinião

Carnaval 2016

12/02/2016

Carnaval 2016

Denizart Fonseca é professor de Educação Física e militar (Foto: Arquivo pessoal)
Denizart Fonseca é professor de Educação Física e militar (Foto: Arquivo pessoal)

ARTIGO | Como não podia deixar de ser, o assunto e os comentários por alguns dias girarão sobre os três dias de reinado de Momo (geralmente um folião gordo, muito animado, fantasiado a caráter, com coroa e tudo) encabeçando as escolas de samba e os cordões pelas ruas e avenidas…
Perdão, pois nos veio à memória e estávamos nos referindo, ao Carnaval de um passado distante, quando esses festejos eram realizados, com o devido respeito entre os foliões e aos que iam apenas assistir aos desfiles de carros abertos (chamados corso) e havia troca de serpentinas e confete entre seus ocupantes, não faltando os tubos de lança-perfume de vidro e metal.
Tanto as mulheres quanto os homens com fantasias discretas, cobrindo-lhes o corpo como Pierrôs, Arlequins e Colombinas e o rosto escondido por belíssimas máscaras, tudo ao contrario do que se assiste atualmente, quando as mulheres procurando despertar a luxúria nos homens, desfilam semi-despidas.
É evidente que; com as verificadas mudanças impostas pela humanidade em todos os setores, neste não poderia faltar, porém, é inegável o esplendor dos carros alegóricos, em uma sem limites demonstração de criatividade e bom gosto. Os integrantes das Escolas de Samba das capitais, que “de corpo e alma” se entregam aos ensaios, visando com um desfile sem falha e perfeito desempenho coletivo e individual, atingir a glória de um primeiro lugar recebendo o merecido troféu!
Os bailes nos Clubes desapareceram para dar lugar aos enormes espaços em avenidas onde, são montados, além das arquibancadas, os camarotes especiais com todo conforto, reservados – a peso de ouro – para as famosas figuras da “alta sociedade”.
Os festejos Carnavalescos brasileiros, famosos universalmente, comprovados pelo enorme fluxo de turistas que aqui aportam, apesar da nossa má fama provocada pelos assaltos com mortes, acidentes automobilísticos fatais nas rodovias e da caótica situação financeira que a humanidade atravessa, havendo sempre uma reserva de verba para o tríduo – agora sem a outrora obrigatória presença – do gordo, sorridente e simpático Rei Momo.
Recordamos primeiro aqui, nos anos trinta, quando havia na então: pacífica, acolhedora, tranquila e saudosa Villa Raffard, a Elite e União Futebol Clube, dispondo da parte social e esportiva, onde os festejos carnavalescos nada ficavam a dever aos seus vizinhos, pelos salões muito bem ornamentados, os assoalhos bem encerados, conjuntos musicais com ótimo repertório, executado ininterruptamente as marchinhas, mesmo quando; em animado “cordão” os foliões de um clube seguiam pelas ruas e adentravam o salão do outro. Nessas ocasiões, os visitados paravam a cantoria para aplaudir os visitantes que, após algumas voltas e rodopios voltavam ao seu, tudo dentro da ordem, disciplina e respeito mútuos.
Mas os três dias passaram e “agora é cinza, tudo acabado e nada mais”, como diz antiga marchinha, dentre as também famosas: “Jardineira, Alah-lá-ô, Odalisca, Touradas em Madri, Lourinha, Linda morena, Tomara que chova, Carnaval em Veneza” e dezenas mais todas boas de decorar e cantar.
O Carnaval sendo uma festa pagã, é condenada por algumas religiões e crenças que levam os seus adeptos a fazerem nessa época, um retiro espiritual para meditações – individual ou em grupos – jejuando para se purificarem física e espiritualmente, atitudes e práticas que respeitamos.
Reiteramos nosso agradecimento ao Grande Seresteiro Joel Ferreira, pelo apoio recebido através das suas declarações na matéria: “Rafard – Memórias” com a foto acima.

Foto: Arquivo pessoal/Denizart Fonseca
Foto: Arquivo pessoal/Denizart Fonseca

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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