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Dicas – “Mi Buenos Aires querida” e seus conflitos atuais

Gillys Esquitini Scrocca - Delegado de Polícia, advogado, professor, radialista e colunista capivariano

A Argentina, nossa vizinha, vem sofrendo influência do aumento do desemprego, pobreza, por conseguinte, a política de assistencialismo exagerado está custando caro para a classe produtiva.
O atual governo da presidenta Cristina Kirchner como forma de tentar perpetuar no poder, vem adotando uma filosofia governamental exageradamente assistencialista, para cooptar futuros votos nas classes menos favorecidas. Devo frisar que tudo isso já está custando muito caro e está apagando gradativamente as cores do “glamour” e romantismo da querida Buenos Aires, eterna capital do tango e bela pelo próprio brilhantismo.
A Argentina possui vinte e cinco províncias, aqui no Brasil são denominados estados-membros, sua população é de aproximadamente 45 milhões de pessoas, praticamente a do estado de São Paulo, já existe uma revolta iminente com relação à forma de governar, além do mais, o Clarín, vem sendo pressionado e a liberdade de imprensa arranhada. Os movimentos de sindicatos e de outros segmentos estão crescendo cada vez mais nos quatro cantos do país com “panelaços” e paralizações.
Relevante frisar que existe uma intenção velada de reformar a Constituição para que a atual presidente continue no governo, ela que tem mais três anos do atual mandato, pois sucedeu Nestor Kirchner, seu ex-marido, que faleceu e virou filme cuja estreia ocorreu dias atrás na capital federal. Ele que goza de muito respeito dos argentinos.
Os “experts” da política portenha dizem que para vencer as eleições o governo usa a máquina e dá toda assistência a classe mais pobre da grande Buenos Aires que tem praticamente a metade do colégio eleitoral do país.
Também faço referência ao excesso de imigrantes pobres que invadiram Buenos Aires, especialmente oriundos de países que enfrentam muitas crises socioeconômicas.
Dois dias atrás presenciei um assalto próximo ao prédio do Congresso Nacional da Argentina, em que tive a honra de visitar , sendo muito bem recepcionado como delegado e vereador capivariano eleito. Já estive na Argentina por muitas vezes, ao longo dos anos e percebo, infelizmente, sua decadência ao passar dos tempos.
Inquestionável o charme de uma cidade que já foi a capital Europeia da América do Sul, não podendo negar isso, mas, é fato que as coisas estão mudando para pior (violência, drogas, inflação de trinta por cento ao ano, pirataria, prostituição infanto-juvenil, muita pobreza na periferia, desemprego, corrupção , etc..).
Dessa última visita levo na bagagem de volta ao Brasil e amada Capivari, além dos contatos, mais experiências.
Contatei um representante do governo e um presidente da associação nacional de pessoas com deficiência para eventuais futuros convênios e projetos recíprocos envolvendo Capivari e região. No bairro de Palermo funciona uma Universidade com vários brasileiros. Lá o curso é gratuito, o acadêmico não presta vestibular, porém tem que obter alto rendimento escolar senão perde a matrícula e o direito de concluir o curso.
Também não posso deixar de mencionar a paixão dos argentinos pelo futebol e nisso também se parecem com nós, La Bambonera tremeu no clássico das Américas de quarta-feira (21/11/2012).
Outrossim, concluo que a propagação da pobreza não tem fronteiras e está diretamente ligada a degradação dos princípios e valores de um povo.
“Los objetos fueron creados para ser usados, las personas para ser amadas, el mundo va mal porque se usan a las personas y se aman los objetos.”

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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