Cherubim Fernandes Sampaio
Cherubim Fernandes Sampaio – Professor e Escritor. Nasceu em Piracicaba, no dia 30 de julho de 1879. Filho de João Manuel de Moraes Sampaio e de Dona Antonia Eufrasina de Moraes Sampaio. Casou-se com Henriqueta Carneiro Sampaio, tendo cinco filhos: Cherubim Filho, Lamartine, Esther, Ruth e Sara. Formou-se em 1900 pela Escola Normal Complementar de Piracicaba, fazendo parte dos 11 alunos professorandos da 1ª. turma.
Foi professor em Porto Feliz, em 1902. Em 1903 foi removido para o Grupo Escolar Olímpio Catão, em São José dos Campos. Em 1906, para o Grupo Escolar de Mococa, onde foi o seu Diretor. Em 1909, foi transferido para o Grupo Escolar de Itatiba e de lá para o Grupo Escolar Augusto Castanho, onde permaneceu até a sua aposentadoria em 29 de janeiro de 1935.
Mesmo aposentado, continuou lecionando particularmente, e o fazia com grande amor, até altas horas da noite, pois faleceu momentos após despedir de sua última turma de alunos.
Foi jornalista, orador e crítico literário. Colaborou em diversos jornais: Gazeta e Jornal de Piracicaba; Gazeta, O Município e Correio de Capivari. Jornal A Mococa, da cidade de Mococa e O Progresso, da cidade de Itatiba; O Progresso, de Rafard; O Jornal, de Santa Bárbara D´Oeste e o Jornal de São José dos Campos.
Nos seus artigos pedagógicos, ele sempre procurou esclarecer a mente dos mestres em benefício do educando. Num dos seus artigos, com o título de “Patriotismo”, assim ele nos diz com vibrante entusiasmo: “Olha brasileiro¸ tu tens uma Pátria dentro de ti mesmo, que é a tua personalidade, a tua dignidade, a tua honra. Quem ama a si mesmo, que se envergonha do seu proceder quando este é mau; quem enfim tem aquilo que se chama caráter e já de si mesmo um patriota e facilmente, sem esforço, saberá amar a terra que lhe deu berço, que o viu nascer, crescer e surgir homem”.
Como professor, sempre estava atualizado nos seus conhecimentos, e o que hoje o ensino renovado prega, ele já defendia com entusiasmo: a pesquisa, a observação, a reunião de pais e mestres.
Foi juntamente com o seu amigo Rodrigues de Abreu, um fantástico orador, nos idos de 1920. Escreveu várias peças infantis, de cunho escolar. Faleceu em Capivari, no dia 30 de agosto de 1947.