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Como falar de complexidade com a euforia por Daniel Alves?!

Marcel Capretz (Foto: Divulgação)

Como colocar pontos de interrogação na cabeça do torcedor do São Paulo sendo que inúmeros pontos de exclamação foram apresentados nos último dias?! Longe de mim querer ser estraga prazer. Até porque nem é o caso, já que considero excelentes as contratações de Daniel Alves e Juanfran.

Agora, entre ter jogadores excelentes no grupo e ter uma equipe sólida capaz de vencer campeonatos há um longo caminho a ser percorrido.

É contra-cultura aqui no Brasil falar sobre conceito de times, equipes e sistemas. Por mais que o futebol seja um esporte coletivo, nossa história se moldou pelas individualidades. Até certo ponto fomos bem sucedidos neste formato.

No futebol antigo, o talento resolvia. Ganhamos Copas do Mundo assim. Hoje, entretanto, se o craque não for potencializado por tudo que a prática da teoria da complexidade traz de nada adiantará o talento individual.

Caberá ao técnico Cuca criar relações técnico-táticas e humanas nesse grupo do São Paulo. No futebol, a soma das partes não representa o todo. Ou seja, simplesmente colocar bons jogadores juntos não significa ter um jogo de qualidade.

Quantas vezes vimos equipes com jogadores apenas razoáveis, sem nenhum craque, se dar tão bem em todos os aspectos do jogo por conta da excelente complementaridade dessas peças?! Já cansei de assistir equipes tão coesas que pareciam ter 14, 15 jogadores em campo, ao invés de 11.

O São Paulo vem de inúmeras quebras de ideias de jogo nos últimos anos. Treinadores e jogadores de qualidade passaram pelo clube recentemente e nada conquistaram. É inegável que há qualidade técnica no elenco. Mas agora, o time passará por uma nova transformação.

E com o Brasileirão em andamento. Pegue a equipe 12 meses atrás, comandada por Diego Aguirre, passando depois por André Jardine, Vágner Mancini e agora com Cuca? O que ficou, o que se mantém? Praticamente nada.

A festa no Morumbi para receber Daniel Alves foi incrível. Como tinha sido muito legal também quando chegaram Luis Fabiano, Ganso, Kaká e outros bons jogadores. Só que o futebol vai muito além do marketing. A falta de novos troféus no salão do Morumbi mostra que tem faltado algo.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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