Rubinho de Souza

Construção da Barragem da Leopoldina – ano de 1941 a 1944

logo do fundo do baú raffard

Foto: arquivo pessoal

Para aqueles que desejam saber um pouco mais sobre como foi construída a barragem da Leopoldina, em qual ano, e o material e quantidade usada, bem como os nomes dos personagens envolvidos no projeto, aqui vai um relato feito à época em forma de um livreto, distribuído aos operários pela Société de Sucreries Brésilennes (Sociedade de Usinas de Açúcar Brasileiras), detalhando como ela foi concebida.

“A construção da barragem da Leopoldina foi autorizada e o projeto aprovado pela Portaria nº 20 do Departamento Nacional de Produção Mineral que foi publicada no Diário Oficial da União em 05 de setembro de 1940, pelo Ministro Dr. Fernando Costa, enquanto o projeto foi apresentado pelo Dr. Otávio Marcondes Ferraz.

A obra teve início no mês de abril de 1941 e terminou em maio de 1944, sendo inteiramente executada pelo pessoal da Usina de Rafard, sob o controle do engenheiro Dr. René Cailleaux.

O lançamento da pedra fundamental se deu em 25 de junho de 1941.

A barragem tem de 5 a 6 metros de altura e 58,40 metros de comprimento, tendo uma largura de 7 metros na base. É toda de pedra e cimento, assentada na rocha dura (diabase) do fundo do leito do Rio Capivari.

A ponte tem 78 metros de comprimento e 4 metros de largura, passando por cima do Rio Capivari e da Estrada de Ferro Sorocabana, ramal de Jundiaí a Piracicaba, mais precisamente no KM 196,612. Essa ponte permite o trânsito do ferro carril para o ramal particular, de bitola de 1 metro, conduzindo a cana diretamente para a usina.

A mesa é de concreto armado, construída com 4 vigas de 1 metro de altura e 14 metros de vão livre, sendo 5 o número de vãos. Cada secção se acha assentada num pilar de pedra e cimento 17 a 18 metros de altura acima do leito do rio e a 12 metros acima da represa.

Volume da alvenaria de pedra: 4.200 metros cúbicos. Na obra foram gastos 3.800 metros cúbicos de pedras, 21.000 sacos de cimento e 52 toneladas de ferro.

Chefe de obras: Luís Mialhe. Chefe dos pedreiros: Afonso Moreto.Mestre dos Carpinteiros: Paulo Baratela. Diretor Gerente: Dr. Pierre Resmond.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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