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Descaso com os direitos autistas; mãe luta na Justiça para receber o que é de direito do filho

Na quinta-feira (6), Márcia conseguiu o dinheiro para realizar os exames do filho (Foto: Reprodução/Raízes FM)

Atualmente ainda é vergonhoso que uma mãe precise recorrer à Justiça e a meios de comunicação para garantir direitos básicos do seu filho. Isso é o que ocorre com Márcia Lacerda Meira, mãe do Rubens, de 21 anos.

Rubens tem autismo, epilepsia e é dependente de fraldas e suplementos nutricionais no seu dia a dia. Esses são itens básicos que o jovem precisa para garantir o mínimo de qualidade de vida e saúde.

A Constituição Federal, no artigo 196, garante o direito a saúde. Já a Lei Federal 7.853/89. Prevê que, pessoas que possuem autismo tenham o tratamento adequado fornecido pelos estabelecimentos de saúde públicos e privados específicos para a patologia que possuem.

No entanto, esse direito não está sendo garantido em Capivari. Márcia luta junto a prefeitura e na Justiça, para conseguir oferecer o mínimo de qualidade de vida a seu filho.

Entenda o caso

A primeira batalha da mãe foi no caso das fraldas fornecidas pela Prefeitura de Capivari. Segundo ela, de baixa qualidade e não supria as necessidades do jovem.

“A fralda fornecida pela prefeitura acabava vazando constantemente, até o gel da fralda caia. Isso gerava alergias, além do meu filho ficar constantemente molhado de xixi”, conta Márcia.

Recentemente, esse problema foi resolvido e Rubens receberá fraldas adequadas as suas necessidades até o mês de março deste ano.

Na ocasião, a Prefeitura de Capivari alegou que não tinha como escolher a qualidade das fraldas no momento da compra. Alegando que Márcia estava exigindo qualidade/marca para as fraldas fornecidas.

Suplementação

Outro problema enfrentado por Márcia. É que seu filho tem problemas para ganhar peso e massa muscular, o que pode ocasionar problemas sérios de nutrição e saúde. Por esse motivo a nutricionista recomendou suplementação alimentar.

Rubens precisa tomar essa suplementação três vezes ao dia, o que dá um consumo semanal de duas latas e meia de suplementação. Ou seja, uma média de 10 latas de suplementos mensais.

A mãe explica que a Prefeitura de Capivari não está fornecendo a suplementação indicada pelos médicos e que o custo é muito alto. Márcia não pode trabalhar, porque o filho precisa de cuidados constantes.

Falta da suplementação no SUS

A Prefeitura de Capivari explica que esses suplementos estão em falta e não tem previsão de disponibilidade no SUS (Sistema Único de Saúde. Mas forneceu três latas do alimento, que foi suficiente apenas para uma semana.

“Desejo que os direitos mínimos do meu filho sejam respeitados. Só estou pedindo para a saúde e qualidade de vida, mais nada”, desabafa Márcia.

Ela conta que já entrou na Justiça para garantir o direito do filho e realizou todos os processos que a prefeitura exigiu.

Para quem sentir no coração em ajudar essa família, os suplementos que o Rubens necessita são o Nutrem Sênior, Sustagen e Susterit.

Exames

Nesta semana, com o dinheiro arrecadado em uma rifa, Márcia conseguiu levar o filho para uma consulta particular em um especialista de Piracicaba. O médico solicitou diversos exames específicos para o jovem, no entanto, segundo a mãe, apenas dois são oferecidos pelo SUS.

“Os outros exames são particulares e vão custar R$ 986, dois deles são emergenciais, para poder regular os medicamentos que o Rubens toma. Preciso de apoio financeiro para continuar nesta batalha”, finaliza Márcia.

Para as pessoas que possam contribuir de alguma forma, Márcia pede que façam contato pelo celular/whatsapp (19) 97156-1900.

Em tempo

No fim da tarde de quinta-feira (6), Márcia comunicou a reportagem d’O Semanário, que conseguiu a doação para a realização dos exames emergenciais.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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