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Destino da Capoava está cada dia mais próximo

31/10/2016

Destino da Capoava está cada dia mais próximo

Proposta é que ONG comece a realizar um trabalho na Fazenda, que poderá ser doada, caso o projeto tenha sucesso
Foto: Divulgação/Conselho de Defesa do Patrimônio de Porto Feliz
Foto: Divulgação/Conselho de Defesa do Patrimônio de Porto Feliz

PORTO FELIZ | Um representante da empresa Radar, proprietária das terras Porto Feliz-Rafard, moradores, vereadores, membros do Conselho de Defesa do Patrimônio de Porto Feliz e representantes da ONG Caminho das Águas, de Itu, se reuniram na última semana, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Porto Feliz, para prestar contas das negociações entre a ONG e a Radar.
A proposta da ONG é realizar um trabalho dentro da Fazenda Capoava, que poderá ser doada, caso o projeto tenha sucesso. As negociações se iniciaram em 2014, quando o Conselho do Patrimônio iniciou conversações com a empresa Radar no sentido de que o patrimônio da antiga vila rural tivesse um destino que fosse de interesse do município, visando a proteção patrimonial, mas também o uso consciente.
Diversas organizações manifestaram interesse em trabalhar junto à Fazenda Capoava. Uma das propostas mais interessantes foi a da ONG Caminho das Águas, que pretende realizar um trabalho inovador com a comunidade local, numa perspectiva de permacultura, aproveitamento de recursos naturais, geração de renda de diversas formas, incluindo produção de orgânicos, fortalecimento das tradições culturais local entre outras.
A princípio a empresa Radar, como forma de iniciar as negociações, cederá como comodato as áreas destinadas para a implantação de ações pela Caminho das Águas. O resultado dessas ações poderá impelir a outro passo, que seria a doação das terras.
Paralelamente, o Conselho de Defesa do Patrimônio abriu um processo de tombamento da vila rural da Fazenda Capoava.
Aliás, são 13 os processos abertos pelo Conselho, que propõe o tombamento em nível municipal de significativos patrimônios, como o Museu Histórico, o prédio da Antiga Estação (Biblioteca), a antiga Alfândega (Restaurante do Belini), o Parque das Monções, a antiga fábrica têxtil Nossa Senhora Mãe dos Homens (cujo complexo abarca a Prefeitura, o Shopping Center entre outros), o antigo Engenho Central.
Formado em 2008, essa é a primeira vez que o Conselho atua de forma tão significativa e eficaz em relação à proteção patrimonial. Até então, as outras gestões do Conselho não realizaram nenhum tombamento.
Apesar de contar hoje com apenas cinco membros, por falta de indicações do Poder Público, essa gestão do Conselho tem se mostrado a mais atuante. Já realizou um rol do patrimônio imaterial, o qual deveria ter sido reconhecido por meio de lei municipal, o que não ocorreu por falta de iniciativa do Executivo local. O Conselho também realizou diversas visitas técnicas, respondeu a processos de sua alçada e propôs a reformulação da legislação para adequação às novas realidades.
“A reunião do dia 20 apresentou um grande avanço com parcerias para manter o patrimônio da Fazenda”, manifesta o vereador Marquinhos Magnum, que acompanha os trabalhos do Conselho e que desde 2009 trabalha pela preservação da Fazenda Capoava.
A reunião contou ainda com a presença do presidente da Câmara Municipal, José Eud Antunes, e com Carlos Diego que fez a exposição das intenções da ONG Caminhos das Águas nos trabalhos que deverão realizar dentro da Capoava.
Como membros efetivos do Conselho do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental de Porto Feliz, estiveram presentes o professor Carlos Carvalho Cavalheiro, a arquiteta Débora Naldi, Angelo S. Ferrari e Dr. José Jairo Martins. Como convidada do Conselho, estiveram presentes a professora Heloísa Correa Machado e o fotógrafo Flávio Torres, da Revista Terraço e da ONG Porto Ambiental.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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