Rubinho de Souza

Do Fundo do Baú Raffard

15/12/2017

Do Fundo do Baú Raffard

Assim eram aqueles dias na Cidade Coração…

ARTIGO | Nos finais de semana era comum, encontrarmos na Praça da Bandeira os seresteiros Néi Gropo, seu irmão Pimpão, Ricardin Minçon, Denizart Fonseca, Geraldo Vilares, Vicentinho padeiro, Osvaldo Mortaia e Cláudio Armelin dando uma palhinha aos que por ali passavam, e paravam para ouví-los.

Muitas vezes aparecia alguém que tinha o dom da música e acabava por mostrar seus dotes, quando lhe davam oportunidade, como um camarada que estava sempre em nossa cidade, e todos o tratavam por “Baiano”. Qualquer música que lhe pedissem, tocava no acordeon, não sem antes dizer: – Será que sai? Não sei se consigo lembrar desta. E tocava muito!

Quase sempre aparecia também aquele camarada que já tinha tomado todas e vinha na roda para pedir para tocar uma determinada música que quase sempre não fazia parte do repertório dos nossos seresteiros.

Mesmo assim os nossos amigos, pacientemente, dedilhavam umas poucas notas, para poder alegrar o “inconveniente”. Não tinha tempo ruim eles…

Por estarmos acostumados em vê-los sempre dispostos a dedilhar seus instrumentos, talvez não lhes tenhamos dado à época o devido valor, mas ao relembrarmos de como eram nossos finais de semana, é com grande aperto no coração que o fazemos.

Infelizmente a maioria de nós temos o defeito de valorizar o que perdemos, ao invés de fazê-lo quando os temos à mão.

Colaboração: Rubinho de Souza | [email protected]

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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