Rubinho de Souza

Do Fundo do Baú Raffard

04/08/2017

Do Fundo do Baú Raffard

Cine Paratodos

cine

O Cine “Paratodos” segundo relato do historiador Denizart Fonseca, tinha um grande espaço na frente da tela, onde certa vez, foi adaptado um tablado para pista de patinação, e o mesmo local também era palco de solenidades das formaturas dos Cursos de ensino daquela época.
Uma vez, chegou a ser palco de uma luta de Boxe. Ali também eram feitas apresentações do Grupo Teatral “Joana Darc” e devidamente preparado, era local certo para cerimônia, onde eram recepcionadas importantes personalidades políticas.
Cá fora, nos degraus da escada, em frente ao cinema, nas noites de apresentação ou projeção de filmes, integrantes da família Baena traziam em grandes cestas para vender aos transeuntes, pipoca, amendoim e paçoca, onde as pessoas que transitavam pela Rua Maurice Allain, num Vai-e-Vem, com o intuito de os rapazes “flertar” com as garotas, e vice e versa, aproveitavam para comprar algo antes de entrar no cinema.
Ao cessar a música no Paratodos, anunciando que iria começar a sessão, todos se apressavam em comprar além das guloseimas, também o ingresso que era vendido por Dona. Teresina que em seguida era entregue na porta de entrada ao Sr. José Gimenes, mais conhecido por Bépe Sapo, apelido que ganhou por ser exímio nadador.
O projetor ficava atrás da tela, e para que esta ficasse bem esticada, requisito que dava mais qualidade à projeção, esta deveria receber jatos de água que eram aplicados à tela por um senhor que pela função exercida, acabou por ser apelidado de “Dito moia o pano”.
Havia três acomodações para quem ia assistir aos filmes: plateia, camarote e o “poleiro” este último por ser na parte alta e os assentos em bancos de madeira, ao oposto dos demais que eram cadeiras.
Fato inusitado, ocorreu certa feita, quando um morador de Rafard, no exato momento da abertura do filme, quando na tela aparecia uma ave que voava, este morador, que havia levado uma galinha debaixo do paletó, a soltou lá de cima de onde o mesmo se encontrava sentado, fazendo com que parassem a exibição do filme pela gritaria que causou, e após restabelecida a ordem, seguiu-se com o filme, mas o fato ficou marcado e foi muito comentado na cidade.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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