Opinião

Dor de cabeça atinge 13 milhões de brasileiros diariamente

Shigueo Yonekura é especialista em sono e médico do Instituto de Medicina e Sono de Campinas e Piracicaba (Foto: Arquivo/O Semanário)

Artigo | Por Shigueo Yonekura

A dor de cabeça frequente e intensa pode afetar de forma significativa o dia a dia, atrapalhar o desempenho no trabalho e a vida social. A dor varia de intensidade, pode ser sentida como um ligeiro desconforto ou de forma insuportável. Hoje é comum ouvir queixas de pessoas com o problema, mas felizmente na maioria dos casos não é sintoma de doença grave, pode ser apenas sinal de estresse, tensão, fadiga, ansiedade ou distúrbios emocionais.

No Brasil, cerca de treze milhões de pessoas apresentam dores de cabeça diariamente. O número é maior do que o encontrado em outros países, como Estados Unidos, por exemplo. A informação é da Sociedade Brasileira de Cefaleia (SBCE).

Existem vários tipos básicos de dor de cabeça e a mais comum é a tensional episódica, geralmente causada por falta de sono e cansaço. Normalmente a dor é localizada na testa e/ou nuca ou topo da cabeça. Não costuma ter sintomas associados e a frequência pode variar muito.

Outro tipo é a cefaléia em salvas, caracterizada por crises de forte intensidade e latejante. A dor é de um lado só e costuma durar de minutos a três horas e aparece em dias seguidos ou alternados. Geralmente é associada com vermelhidão no olho, lacrimejamento e entupimento nasal.

Já a enxaqueca, assim como a cefaléia tensional, é considerada uma dor de cabeça primária. São chamadas de primárias porque elas mesmas são a doença. O problema, de fundo genético, acomete mais as mulheres. A dor começa leve e vai aumentando, enjoo e sensibilidade à luz podem acompanhar a enxaqueca. Com esforço físico a dor aumenta, o que faz com que a pessoa prefira ficar em repouso.

Não podemos deixar de citar a dor de cabeça secundária, nesses casos é o resultado de uma infecção ou aumento da pressão dentro do cérebro. As causas variam de doenças relativamente simples, como a sinusite, até doenças mais graves, como tumores cerebrais.
Independente do tipo o ideal é procurar ajuda de um médico que vai avaliar o caso e indicar o melhor tratamento.

Manter hábitos e alimentação saudáveis podem ajudar a evitar a dor de cabeça. Entre as recomendações estão o combate ao estresse, a prática de exercícios físicos e técnicas de relaxamento, além de evitar locais muito escuros ou iluminados em excesso e não ficar muito tempo em frente à tela de computador.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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