Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo

É Natal! Jesus e a última experiência na cruz

Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo é especialista em dependência química pela USP/SP-GREA

Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. Jesus (Lucas 23:34)

Há muitos anos foi ensinado e exemplificado o perdão, pelo jovem que não envelheceu na sua breve passagem pelo planeta Terra.

Agora, decorrido tanto tempo de sua ida, os efeitos do perdão (que ele tanto propagava) passaram também a ser investigados pela ciência psicológica e médica. Os vários estudos em andamento por pesquisadores médicos ou psicólogos seguem a tendência de analisar a influência das emoções na saúde.

Perdoar, imagina-se, livra o corpo de substâncias que só fazem mal. Essa tese faz parte dos livros publicados pelos médicos Dr. Cajazeiras, O valor terapêutico do perdão, Dra. Elaine Aldrovandi, A difícil arte de perdoar, e também pelo terapeuta holístico Dr. Armando Falconi Filho em Perdão gera saúde. (1)

Outro médico, que viveu no Rio de Janeiro no século XX, André Luiz, pela mediunidade psicográfica de Chico Xavier voltou do Além para confirmar os ensinamentos dos médicos da Terra: “O perdão é o remédio que nos recompõe a alma doente.

Não admita que o desespero lhe subjugue as energias! Guardar ofensas é conservar a sombra. Esqueçamos o mal para que a luz do bem nos felicite o caminho”.

O perdão… Por que o exercício do perdão é tão necessário?

Vingança, revanche, ressentimento, mágoa, desforra, represália, castigo, punição, rancor, ódio, só geram obsessão e dor.

O “perdoar setenta vezes sete” de Jesus é exemplo de seu pensamento sadio e compreensivo para com todos nós.

O que estaria acima da compreensão humana seria o fato de que o próprio Jesus não tinha necessidade de perdoar: porque não se sentia ofendido, como nos disse também Gandhi. Não se ofendeu nem pela crucificação!

O espírito nobre e elevado do Cristo estava muito acima das coisas da Terra para se impressionar com nossa ignorância e a daqueles que não o entenderam e tudo fizeram para afastá-lo da sociedade de então, com a morte.

Na vida, temos que aprender a não nos ofender, porque aqueles que amamos são imperfeitos e mais dias ou menos dias vão nos magoar. Por quê? Simplesmente por eles serem ainda imperfeitos como nós.

E se nós precisamos de perdão, precisamos também liberar perdão. Ou então teríamos que viver isolados nas montanhas, numa floresta ou no deserto.

É quase impossível manter relacionamentos com as pessoas sem nunca precisar perdoar, porque o desentendimento é duplo, como um moinho ou cadinho purificador, que processa nosso crescimento e purificação. Ainda nesta dimensão de vida na Terra, ofender e ser ofendido é coisa rotineira na vida de qualquer ser humano.

Toda mensagem espiritual recomenda que a bondade divina é que você esqueça o que aconteceu no seu passado… E a oração diz: “É perdoando que se é perdoado”.

A compaixão do Cristo é superior a tudo o que passou. Pensemos nele agora, neste mês que lembra seu nascimento, na maior humildade – a manjedoura.

A volta para cá é demorada. Agora é a oportunidade!

Você sabe, quando voltamos para o Mundo Espiritual com a morte apenas do corpo físico, qual é a média de aproveitamento? Qual seria a média de “vitoriosos”, “melhorados”, “imperfeitamente melhorados” e “onerados por dívidas dolorosas”?

Pensemos nisto e nas palavras do Cristo, que não se desespera com nossas imperfeições e limitações:

“Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos”, Jesus (Mateus 28:20).

1) Publicações pela Editora EME – Capivari – SP

ARTIGO escrito por Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo é especialista em dependência química pela USP/SP-GREA
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Jornal O Semanário

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