A palavra “repreensão” muitas vezes carrega um estigma negativo. Instintivamente, associamos a ideia de ser repreendido a algo desconfortável, embaraçoso ou até humilhante. No entanto, se analisarmos a repreensão de maneira mais profunda e ressignificarmos o seu papel em nossas vidas, podemos entender que ela tem o poder de nos transformar.
A aceitação da repreensão não é uma habilidade inata; é uma postura que pode ser aprendida e cultivada. O ato de ser corrigido, quando bem recebido, nos abre uma porta para o crescimento, oferecendo-nos a chance de enxergar nossos pontos cegos e trabalhar em áreas que talvez não percebêssemos.
Aceitar ser repreendido exige, em primeiro lugar, humildade. A humildade nos permite reconhecer que não somos perfeitos e que podemos errar. No ambiente profissional, essa atitude é essencial para quem deseja crescer. Aqueles que se fecham à crítica dificilmente conseguirão atingir o máximo de seu potencial. Um líder sábio sabe que o feedback, seja positivo ou negativo, é o alicerce de um desempenho excelente.
No lado pessoal, aceitar a repreensão pode melhorar relacionamentos, reduzir conflitos e promover um autoconhecimento profundo. Quando alguém nos corrige, é uma oportunidade de entendermos como nossas ações impactam os outros e de refletirmos sobre a pessoa que estamos nos tornando.
Se olharmos a repreensão com uma mentalidade de crescimento, ela deixa de ser uma fonte de desconforto e passa a ser uma ferramenta poderosa. Ao invés de sentir que estamos sendo atacados, podemos reprogramar nosso pensamento para enxergar essas correções como orientações que apontam para um caminho de evolução.
Imagine a repreensão como um ajuste fino em um instrumento musical. Eu, como um músico profissional sei que para atingir a harmonia perfeita, é preciso constantemente corrigir e ajustar o som. Da mesma forma, em nossas vidas, o feedback que recebemos é um ajuste necessário para alcançar a performance mais elevada. A cada correção, estamos mais perto de atingir nossa “melodia” ideal, seja nos negócios ou nas relações pessoais.
Por muito tempo, eu lutei contra a repreensão. Qualquer crítica me deixava defensivo e irritado. Eu achava que ser corrigido era sinônimo de fracasso, de não ser bom o suficiente. Essa resistência limitava meu crescimento. Foi somente quando eu comecei a ouvir as críticas com o coração aberto que minha vida começou a mudar.
No início, o processo foi doloroso, e continua sendo, aceitar que eu não sei de tudo e que preciso melhorar é desconfortável. Mas com o tempo, percebo que cada repreensão traz consigo uma lição valiosa. Quando eu deixo de ver a crítica como um ataque e passo a vê-la como uma chance de me aperfeiçoar, minha vida decola.
Na música, nas aulas, na Igreja, nas palestras e até nos projetos de design, eu me tornei mais seguro e assertivo, porque agora eu vejo as correções como parte do meu desenvolvimento contínuo. Olho para trás e percebo que se eu não tivesse aceitado a repreensão, jamais teria chegado onde estou.
Essa prática moldou quem sou hoje. Mesmo quando eu não aceitava ser repreendido, a vida continuava me corrigindo de uma forma ou de outra. E foi justamente essa insistência das lições, seja através de pessoas ou das circunstâncias, que me levou a entender o valor imenso da humildade e da constante busca por melhoria.
A questão que fica para você é: Como você tem reagido às críticas e repreensões que recebe? Será que está perdendo oportunidades de crescimento por não aceitá-las de forma positiva?
Aceitar a repreensão com sabedoria pode ser o primeiro passo para destravar um novo nível de performance na sua vida. Que tal começar hoje?
Abraço, Samuel.