CapivariDestaquesRafard

Famílias iniciam 2019 com o mesmo problema de sempre: enchentes

Em Rafard, cerca de 15 famílias tiveram que deixar suas casas (Foto: Divulgação/Prefeitura de Rafard)

O nível do rio Capivari chegou a 0,70cm às 7h30 de quarta-feira, 9, possibilitando que as famílias voltassem para casa. Não há mais pontos alagados nos municípios de Rafard e Capivari, decorrentes do transbordamento do manancial, devido às chuvas dos últimos dias.

No sábado, 5, o prefeito de Capivari, Rodrigo Proença, decretou Situação de Emergência em Capivari. Na madrugada segunda-feira, 7, o nível do rio chegou a 3m24cm, o maior atingido neste ano. Para transbordamento é necessário que atinja 2m.

De acordo com o diretor da Defesa Civil de Capivari, Júlio Capóssoli Neto, o nível normal do rio Capivari é 80 centímetros. Ele comentou que aproximadamente 250 casas foram alagadas na cidade. A Eicap (Escola Integral de Capivari) Professor Aldo Silveira e o Centro de Ginástica Olímpica, além da Igreja Evangélica Moriah, abrigaram de sábado até terça-feira, 8, 37 famílias, totalizando 141 pessoas, que tiveram as residências invadidas pelas águas. Com monitoramento constante do nível do rio Capivari, por parte da equipe da Defesa Civil, a Prefeitura realizou a retirada destas famílias antes do alagamento. Agora, elas começam a retornar às casas.

Em Rafard, as famílias atingida voltaram para casa na quarta-feira, 9. As ruas atingidas no bairro Bomba foram a Colonização, Dr. Laureano e Felício Vigorito, causando alagamento em várias casas. De acordo com a Defesa Civil, 15 famílias tiveram que deixar as residências e procurar abrigo na casa de parentes ou na escola Josefina.

A retirada das famílias, móveis e utensílios foi coordenada pela Defesa Civil em parceria com os funcionários da Prefeitura, moradores e voluntários.

Na terça-feira, 8, as famílias que tiveram as casas atingidas receberam produtos de limpeza – sabão, desinfetante, cloro dentre outros produtos. O caminhão pipa da usina Raízen também esteve no local para a limpeza da rua.

Doenças
A Secretaria da Saúde de Capivari, realiza trabalho de orientação à população sobre possíveis doenças a serem contraídas pelo contato com a água de enchentes ou pela ingestão de alimentos contaminados. Desde sábado, 5, nos abrigos oferecidos pela prefeitura, técnicos da vigilância sanitária e epidemiológica informam aos desalojados sobre os cuidados necessários ao retornar às residências.

“Os agentes da saúde conversam com as famílias e orientamos para que procurem o pronto socorro ou unidade de saúde mais próxima caso alguém esteja apresentando algum sintoma de doença”, explica Simoni Pacheco, diretora do Departamento de Vigilância em Saúde.

De acordo com o prefeito, além de fazer o remanejamento antecipado das famílias que têm casas em áreas de risco de alagamento, o trabalho de auxílio a estas pessoas acontece até que retornem às próprias residências. “Não há como deter a força da natureza, mas há possibilidade de amenizar problemas e evitá-los, por isso trabalhamos antes, durante e depois das chuvas, de modo a garantir a saúde e segurança da sociedade capivariana”, afirma o chefe do Executivo.

Principais doenças e agravos associados às inundações e como evitá-los, conforme o Ministério da Saúde:

Tétano acidental
A melhor forma de prevenção e proteção é por meio da vacinação. A vacina é aplicada em três doses, com reforço a cada cinco ou dez anos. Proteja mãos, braços, pés e pernas com luvas e botas ao manusear entulhos.

Leptospirose
A leptospirose é transmitida pela urina do rato. A transmissão ocorre pelo contato com água ou lama contaminada com a urina de animais infectados (principalmente ratos). No período chuvoso, os rios, os córregos e a rede de esgoto podem transbordar. Essa água invade tocas de ratos (que se encontram em galerias, lixões, terrenos baldios e esgotos) e chega contaminada às residências, podendo contaminar as pessoas com a Leptospira. Para evitar a presença de ratos, mantenha os alimentos guardados em recipientes bem fechados, resistentes e em locais altos, fora do alcance dos roedores. Mantenha a cozinha limpa e sem restos de alimentos. Retire as sobras de alimento ou da ração dos animais domésticos antes de anoitecer. Evite o acúmulo de entulhos e objetos sem uso no quintal. Mantenha o terreno limpo e capinado. Guarde o lixo em sacos plásticos bem fechados e em locais altos.

Principais doenças transmitidas pela água contaminada
A água contaminada pode conter microrganismos causadores de doenças como cólera, febre tifoide, hepatite tipo A, leptospirose, giardíase, amebíase, gastroenterites diarreicas e esquistossomose. As principais medidas para evitar essas doenças são: tomar somente água tratada, proveniente da rede de abastecimento local; limpar adequadamente a caixa-d’água a cada seis meses; preparar alimentos com água própria para consumo humano que esteja dentro do padrão de potabilidade; lavar as mãos antes das refeições, antes de manipular e preparar alimentos, após cada evacuação, após limpar uma criança que acabou de evacuar e antes de alimentar a criança.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo
Abrir bate-papo
Olá
Podemos ajudá-lo?