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Fornecimento gratuito de medicamentos para o tratamento do diabetes é de responsabilidade dos municípios

Na última semana do mês de outubro, um munícipe de Rafard se dirigiu à UMS (Unidade Mista de Saúde) para pegar as fitas que monitoram a quantia de glicose no sangue (glicemia). Um funcionário do setor de distribuição da farmácia, equivocadamente, disse ao munícipe que as fitas tinham acabado e que somente iriam retirar os pacientes que entraram com processos judiciais obrigando a Prefeitura a fornecer.
O munícipe procurou o Jornal O Semanário para informar o acontecido e solicitar que a equipe de reportagem buscasse maiores informações, já que as obtidas na UMS foram confusas.
Em contato com a Diretoria de Saúde de Rafard, a assessoria afirmou que as fitas não acabaram e que o estoque atende a demanda até o dia 31 de dezembro de 2012, para todos os pacientes cadastrados no município. Segundo a nota, a preocupação do funcionário da farmácia era atender os processos judiciais e pacientes que utilizam para tratamento, já que o setor de licitações informou que somente seriam entregues as licitações a partir de janeiro de 2013.
A administração da Diretoria de Saúde de Rafard se colocou à disposição para quaisquer dúvidas e esclarecimentos dos munícipes, através do telefone 3496-1880.

Lei Federal
A Lei Federal de n° 11.347 (assinada em 27 de setembro de 2006 pelo Presidente da República) determina que os pacientes com diabetes recebam, gratuitamente, do Sistema Único de Saúde (SUS), os medicamentos necessários para o tratamento, assim como os materiais exigidos para a sua aplicação e a monitoração da glicemia capilar e para ter este direito, é preciso estar inscrito em algum programa de educação especial em diabetes.
Na prática, a pessoa precisa ir ao posto de saúde mais próximo de sua residência, e cadastrar-se como paciente com diabetes do SUS ou do Sistema de Informação em Hipertensão e Diabetes (Hiperdia). No mesmo local, deve-se pedir pelos medicamentos necessários ao tratamento, prescritos pelo médico responsável em uma receita que será ali apresentada.
Caso não seja plenamente atendido, paciente deverá relatar o caso à ouvidoria da Secretaria da Saúde do estado ou do município e também na própria sede da mesma. Se ainda assim não for atendido, em último caso, o paciente poderá entrar com uma ação judicial exigindo o fornecimento gratuito de todos os itens indispensáveis ao seu tratamento médico.
Uma caixa com 25 fitas custa entre R$ 60,00 e R$ 90,00 reais, preço que certamente a população mais carente que frequenta o SUS não pode pagar.

Diabetes
A Diabetes Tipo 1 é conhecida como Diabetes Insulinodependente, na qual a produção de insulina no pâncreas é insuficiente ao organismo, pois as células sofrem de destruição autoimune. Há risco de vida se as doses de insulina não forem aplicadas diariamente. É mais frequente em crianças e adolescentes.
A Diabetes Tipo 2, também conhecida de diabetes não insulinodependente ou diabetes do adulto, corresponde a 90% dos casos de diabetes. Ocorre geralmente em pessoas obesas com mais de 40 anos de idade, embora os jovens também apresentem grande número, em virtude de maus hábitos alimentares, sedentarismo e stress da vida urbana. Neste tipo de diabetes encontra-se a presença de insulina, porém sua ação é dificultada pela obesidade, o que é conhecido como resistência insulínica.
Por ser pouco sintomática, o diabetes na maioria das vezes permanece por muitos anos sem diagnóstico e sem tratamento, o que favorece a ocorrência de suas complicações no coração e no cérebro.
A Diabetes Gestacional acontece durante a gravidez, mas geralmente a glicose no sangue se normaliza após o parto. No entanto, as mulheres que apresentam ou apresentaram diabetes gestacional, possuem maior risco de desenvolverem diabetes tipo 2 tardiamente, o mesmo ocorrendo com os filhos.
Sintomas
Aproximadamente, metade dos portadores de diabetes Tipo 2 desconhecem sua condição, uma vez que a doença é pouco sintomática. O diagnóstico precoce do diabetes é importante, pois o tratamento evita sua complicações. Quando presentes as diabetes, os sintomas mais comuns são:
Urinar excessivamente (inclusive acordar várias vezes à noite para urinar), sede excessiva, aumento do apetite, perda de peso (em pessoas obesas a perda de peso ocorre mesmo estando comendo de maneira excessiva), cansaço, vista embaçada ou turvação visual e infecções frequentes, sendo as mais comuns, as infecções de pele.
No diabetes tipo 2 esses sintomas se instalam de maneira gradativa e muitas vezes podem não ser percebidos pelas pessoas. Ao contrário no diabetes tipo1, os sintomas se instalam rapidamente, especialmente, o urinar de maneira excessiva, sede excessiva e emagrecimento.
Quando o diagnóstico não é feito aos primeiros sintomas, os portadores de diabetes tipo 1 podem até entrarem em coma, ou seja, perderem a consciência, uma situação de emergência e grave.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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