Rubinho de Souza

Início da Congregação Cristã em Villa Raffard – Parte 3 (final)

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Foto enviada pelo colunista

Dando continuidade às publicações anteriores sobre o início da Congregação Cristã no Brasil em Rafard, feita na semana retrasada, onde fizemos um resumo sobre os primeiros cultos atendidos por João de Almeida Engler, na sua própria casa, onde durante o dia, ele trabalhava de sapateiro, e na semana passada, que em 1956, foi construído o prédio da rua Abolição, a chamada “igrejinha”.

No entanto com a renúncia do Sr. João Engler ao cargo, o Sr. Alcindo Stefanini, passou a atender os cultos de Capivari e Vila Raffard, sendo a orquestra comandada pelo Sr. Carmelindo Luis de Souza como encarregado, no lugar antes ocupado pelo Sr. Otaviano Rodrigues da Silva, que havia se mudado para Porto Feliz.

Visto que as famílias de crentes aumentavam, e a igrejinha já ficava pequena para tanta gente, começou-se a fazer projetos para compra de terreno para construção de um templo maior, e acabaram por adquirir o terreno na Rua Marechal Deodoro da Fonseca, de propriedade do Sr. César Aprilante, onde iniciaram a construção.

Em dezembro de 1967, num sábado, foi realizada pelo ancião Miguel Spina, a inauguração (abertura) do atual templo de número 12 da rua Marechal Deodoro da Fonseca, que dava condições para atendimento de um número maior de membros e frequentadores, com melhores acomodações, um pequeno espaço para estacionamento, secretaria, e ainda com uma casa para “caseiros” cuja família ficaria encarregada de cuidar do templo. O primeiro caseiro foi o Sr. Benedito Rafael e a esposa Isolina, casal hospitaleiro ao ponto de quase todas as noites receberem visitas naquela casa, da qual ninguém saía, sem antes degustar um café com bolo.

Com a abertura do novo templo, foi colocado como cooperador, o Sr. Antonio Stefanini Filho, e ainda foram incluídas as reuniões de jovens e menores aos domingos de manhã, atendidas pelo Sr. Lázaro da Silva por um período de tempo, após o qual, passou a atender o Sr. João Alves de Castro, tendo como seu auxiliar naquele tempo, o jovem Gérson de Souza.

Nessas alturas eu que tinha nove anos e frequentava os cultos da noite, passei a frequentar também as reuniões de jovens todo domingo de manhã, e nas noites que não havia cultos, minha família ia fazer visitas aos irmãos velhinhos que tinham dificuldades de ir à igreja.

Pelo menos num domingo de cada mês, por volta das 14 horas, meu pai ministrava ensaios para os músicos, com o fim de aprimorarem a execução dos seus instrumentos e aqueles que cantavam também compareciam para aperfeiçoar o cantar dos hinos. Ao término do ensaio, meu pai sempre convidava a todos que assim o desejassem para irem até nossa casa, tomar o café da tarde. Lembro que ele tinha grande prazer em ver todos em sua casa.

Quando mudou o hinário e foram acrescentados novos hinos, quase todo domingo tinha ensaio da orquestra, ainda mais que o número de músicos aumentava com as aulas de música que meu pai ministrava para novos alunos, nas noites em que não havia culto, sendo muitas vezes essas aulas dadas até mesmo em nossa casa.
Dentre muitos músicos desse tempo, os que me vêm à mente são: Osvaldinho e seu irmão Lazinho (da família Silva), Toninho Alexandre, mais conhecido por Toninho Butuchin, João de Castro (irmão de Zé Castro), Toninho Castro (Toninho do Saltinho), Anísio Rafael, Ademir Berganton, Valdemar Carrascoza, Gusto Correia, Chico Anhaia, Ângelo Ferrari, “Zé trombone”, e meus irmãos Paulo, Cilas e Elias, a maioria todos jovens, naquela época.

Era muito comum, quando havia um domingo livre, esses músicos que tinham grande carinho pelo meu pai, levarem seus instrumentos para tocar na nossa casa, onde ficaram por muitas horas. Tenho fotos desses momentos que um dia publicarei aqui.

A assim, com o relato acima, termino esta série de publicações sobre como se deu o início da Congregação em nossa cidade, agradecendo sua leitura e sua atenção. Abraço.logo do fundo do baú raffard

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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