Opinião

Lembrando Villa Raffard VII

Denizart Fonseca é professor de Educação Física e militar (Foto: Arquivo pessoal)

Artigo | Por Denizart Fonseca

Dando prosseguimento à caminhada retrospectiva na história nesta então Villa, não poderíamos deixar de citar as consequências da terrível tempestade que a assolou destelhando e alagando casas e dentre outras, por um raio ceifando quatro preciosas vidas de pessoas enlutando a Família Luchi, residente na Rua Tietê.

Voltando à Rua Maurício Allain, antes de transpormos o grande portão de ferro, tendo na parte superior em semicírculo escrito em grandes letras “Societê de Sucreries Brrasilienes”, descíamos para a estação da Estrada de Ferro Sorocabana.

No lado direito dessa ruazinha, depois do barzinho da esquina, funcionava a máquina de beneficiar arroz, propriedade do professor de música Sr. Américo Bertolini, seguida da barbearia do Sr. Bépe Rélli, do lado esquerdo da rua uma ferraria, mais abaixo uma alfaiataria e a casa do Zé Abel. Na estação da Sorocabana ficavam:- de frente para via férrea, a residência do chefe da estação, a sala de telégrafos e venda de passagens, um portão largo de madeira e o grande depósito para encomendas e cargas recebidas e as para serem despachadas. Além do chefe da estação, havia o telegrafista, o praticante, o conferente encarregado de receber e despachar as encomendas e o “portador” que nas “chaves” mudava a direção dos trilhos para liberar ou anexar vagões de carga ao trem.

As máquinas eram movidas pela queima das toras de madeira com que o foguista alimentava a caldeira e também se incumbia de reabastecer de água o grande depósito junto a caldeira, cabendo ao maquinista o comando da máquina a vapor e fazendo soar o apito nas curvas da estrada, alertando também ao se aproximar da estação.

Em trens para passageiros havia os vagões de primeira classe com poltronas estofadas e os de segunda com bancos de madeira, além dos reservados para necessidades fisiológicas. Para algumas “linhas” havia carro-leito bem como restaurante.

Éramos servidos por três horários pelas composições vindas de São Paulo até Piracicaba, havendo em Nova Odessa um desvio para os passageiros que iam para Rio Claro e outras cidades.

Ao Pe. Arcádio Franchini, o povo ficou devendo dentre outras iniciativas, a fundação do Circulo Operário dos Trabalhadores Cristãos de Raffard e as magníficas excursões de trem para outras cidades, destacando-se Santos, ocasião em que muitas pessoas ficaram “extasiadas diante de tanta água salgada”…

Por um lapso de memória, deixamos de citar os barbeiros Leônidas Ferreira, Danilo Abel e Idálio, assim como os alfaiates Virgílio Cardi, Laerte Abel e Conrado Relli.

Cidadania

Em benefício do trânsito a Rua José de Moraes Barros passou a mão única, faltando agora, desamassar e pintar a placa proibitiva de estacionamento existente no início da rua e fazer cumprir a sinalização.

Faltando placa na Rua Conselheiro Gavião Peixoto no cruzamento com a Dr. Soares Hungria, indicando “contramão”, assim como no cruzamento com Marechal Deodoro da Fonseca mudar para preferencial a N. Sra. de Lourdes.

A cada comemoração pelo aniversário da emancipação político-administrativa deste município, nos vêm a memória, passagens da grande luta empreendida para transformar em realidade um sonho alimentado há muitos anos, destacando-se a da caravana que visitou o então Governador do Estado de São Paulo Dr. Ademar de Barros para rogar que intercedesse por nós, reforçando a batalha que o competente líder Genaro Vigorito enfrentava em Brasília. Os que não participaram da vitoriosa campanha e apenas ouvem falar, certamente não podem sequer imagina-la.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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