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Longevidade, um desafio para a Ciência – 1

Por Leondenis Vendramim - Professor de Filosofia, Ética e História

Desde tempos imemoriais os homens procuram o elixir da longa vida. Com exceção de alguns insanos, deprimidos por problemas e ou alguns da filosofia nihilista procuram abreviar sua existência. Normalmente o ser humano procura um meio de manter-se belo, jovem e prolongar a vida por muito mais tempo do que permite o seu metabolismo (Veja 15/6/2011, p.138)… O governo municipal tem se preocupado em dar atividade física e mental para as pessoas de mais idade a fim de prorrogar os seus dias com lucidez, alegria e disposição fisiológica. Jonathan Weiner escreveu o livro “The Strange Science of Imortality”, um tratado sobre as conquistas da medicina neste campo. O ritmo ascendente da expectativa de vida no fim do século 19 era de 46 anos, hoje é de 79. Alguns cientistas geneticistas e gerontólogos esperam que em 2020 (pouco mais de 6 anos) possam dobrar o tempo de vida média.
Já há algum tempo que usam métodos como o Criônica na esperança de ressuscitar alguns ricos e famosos da civilização mundial. Criônica é um processo de preservação em nitrogênio líquido, em baixas temperaturas, de humanos e outros animais que não podem mais ser mantidos vivos pela medicina contemporânea, na esperança de que a cura e reanimação sejam possíveis no futuro. O termo é uma tradução do inglês cryonics, derivado da palavra grega κρύος (kryos), que significa congelado. A criopreservação tem o apoio de 62 cientistas, mas enfrenta ceticismo de muitos outros. Mais de 200 pessoas estão à espera do seu degelo e cura. Mao Tse Tung, imperador chinês, ao morrer em 9/9/1976, foi embalsamado. Para sua preservação usaram tanto formol que o seu corpo inchou muito e rasgou sua roupa, ficou desfigurado e vazava formol até pelo nariz. Tiveram de sepultá-lo no mausoléu, em Pequim, e fizeram um Mao Tse Tung de cera.
O físico Marcelo Gleiser, no seu artigo “10 Importantes Questões da Ciência” Folha de S. Paulo (15/9/13 – Ciência e Saúde, C9, mostrou que um dos desafios da ciência é eliminar a morte com os avanços da medicina, genética e tecnologia. Cientistas da Europa, Ásia e América do Norte estão empenhados em programas que buscam parar o relógio desta nova geração para que se mantenha viva, jovem e bela por muito mais tempo. Talvez esteja nascendo um super-homem “biônico de mais de 6 bilhões de dólares”! O programa Big Brain pretende criar um cérebro com capacidade que ultrapasse ao humano. A revolução biotecnológica prevê, por meio da terapia genética, de células tronco, substituição de tecidos e órgãos, e clonagem erradicar as doenças. A nanotecnologia está otimista em conseguir a reconstrução de todo o corpo humano com nanorrobôs para substituir células e neurônios envelhecidos e doentes, reescrevendo o código genético do indivíduo.
Uma lenda narra: A morte apareceu para 3 amigos que estavam reunidos e marcou com eles o encontro. Carlos notou que no dia marcado e no lugar certo o primeiro amigo foi levado, e assim aconteceu com o segundo amigo. Foi então que Manuel pensou em enganar a morte, e fugiu a cavalo para outra cidade distante um dia antes do dia determinado para a sua morte. No outro dia, tranquilo, cuidava de alguns negócios, quando a morte chegou. Manuel disse-lhe:
– Como você me encontrou aqui? E a morte respondeu:
– A você, eu não disse o lugar, mas aqui era local marcado!
Para Sócrates, filósofo era aquele que sabia morrer (sentenciado, tomou veneno sem reagir). A função da filosofia seria preparar-nos para uma “boa morte”, em grego, “eutanásia”. Supunha-se que aquele que sabe morrer aprendeu a viver.
As Escrituras dizem: “A alma que pecar morrerá” (Ez 18:4) e ainda mais: “Todos pecaram” (Rom 3:23), até mesmo os cientistas preconizadores desses progressos científicos. Ainda que você não creia nisto; você também pecou, por isso é bom seguir o conselho de Sócrates. Prepare-se para morrer: redima-se tanto quanto possível dos seus ilícitos, peça perdão a Deus e ao próximo, devolva o furtado, seja honesto, endireite suas veredas, confie na misericórdia de Deus e seja misericordioso.

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Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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