Opinião

Mesmerismo ou hipnotismo 2

16/10/2015

Mesmerismo ou hipnotismo 2

Leondenis Vendramim é professor de Filosofia, Ética e História (Foto: Leondenis Vendramim/Arquivo pessoal)
Leondenis Vendramim é professor de Filosofia, Ética e História (Foto: Arquivo pessoal)

Artigo | Por Leondenis Vendramim

Vimos, no artigo anterior, que a pessoa hipnotizada tem sua mente bloqueada, não tem condições de decisão, fica à mercê do hipnotizador, e este sob o comando do ser morto. Isto quer dizer que a pessoa perde um dos mais sagrados direitos dados por Deus, o direito de livre escolha; ela fala e executa de acordo com os pensamentos e vontade de outros, que como vimos, são espíritos fraudulentos e satânicos (2 Cor 11:13-15). Vimos também que Deus proíbe o mesmerismo (Dt 18:10-12). A história nos conta que a deusa egípcia Isis fazia aparições quando havia curas hipnóticas (descritas pelo historiador Joseph Ennemoser como feitiçaria, demonologia e astúcia dos sacerdotes (comparar com Ex. 7:10-13; Is. 19:3). As curas eram realizadas nos templos, e somente eram consagrados ao sacerdócio, aqueles que praticavam religião associada à arte de curar (ver Fellow Travellers of Spiritualism, p. 21).

Segundo a Bíblia, mente é o meio pelo qual o Espírito Santo transmite Seus conselhos e orientações aos humanos, como diz o profeta Isaias: “uma voz fala a ti: este é o caminho, andai por ele” (Is. 30:21). Paulo nos adverte: “Rogo-vos… que apresenteis vossos corpos como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus que é o vosso culto racional… e transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Ro 12:1-2).

“Ao se submeter a consciência, e a mente se torna susceptível a um espírito intruso e desconhecido, num transe de hipnotismo, que segurança terá de que não receberá em seu subconsciente alguma tendência para o erro de maior derrocada? Pois está sob o controle da mente do outro ser, desconhecido, para fazer os desejos alheios, não os seus”, diz o Dr. H. Carrington “The Case for Psychic Survival, p. 142-143).

“Quando alguém se intromete na mente, que é a sede e controle da inteligência, razão, consciência e moral, está invadindo a cidadela sagrada da individualidade dada por Deus como inviolável. Tal invasão corresponde à submissão e alienação da agência da sua responsabilidade pessoal para com Deus a outro ser. Tem-se advertido contra o perigo moral dessa técnica de controle hipnótico e necromântico como antissocial”. Diz o Dr. LeRoy Edwin Froom.

O Dr. J.A. Whieldon, diretor da Clínica de Higiene Mental da Universidade de Columbus, EUA, escreveu sobre os perigos da hipnose: “Hipnose psíquica é da mais grave consequência. É a submissão do hipnotizado à vontade imposta por outrem. E depois de ter sido sujeito à hipnotização uma vez a pessoa fica mais fragilizada e dificilmente deixará de ser outras vezes; ele vai perdendo sua personalidade e independência”. Em 1961, um artigo “Avaliação Psicológica da Hipnose em Odontologia” doutores da Universidade da Califórnia destacaram seis pontos chaves do malefício da hipnose, dentre os quais citamos: muitos que empregavam o hipnotismo constantemente não sabiam que usavam tal recurso e não advogava em favor desse processo; a classe é desfavorável ao uso do hipnotismo; a maioria dos dentistas concorda que o hipnotismo traz perigo a certos pacientes.

“É sabido que nem todos os que usam da hipnose terapêutica são espiritualistas e mesmo os mais sinceros, com propósitos dignos, podem levar igualmente a resultados desastrosos” diz o Dr. Paul J. Reiter da Universidade de Copenhagen, que refere com detalhes ao caso de um espírito guardião, que ordenou ao hipnotizado que cometesse vários crimes (Antisocial or Criminal Acts and Hipnosis, p 16-19).

S. Paulo adverte contra a falsamente chamada ciência (1 Tm. 6:20) e contra as sutilezas da Filosofia (Col. 2:8), e ainda: “…a quem vos oferecerdes como servos para obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis, ou do pecado para a morte ou da obediência para a justiça” (Ro. 6:16). Temos de manter a mente limpa, sob controle da razão, de acordo com a boa consciência aprovada pelos bons costumes e pelo Deus que nô-la criou.

Nosso objetivo nestes últimos artigos, não foi fazer apologia contra o espiritismo, nem provocar aos amigos espíritas, mas simplesmente comparar o que diz a Palavra de Deus com as práticas e ensinos espiritistas. Estou à disposição.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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