Rubinho de Souza

Minha mãe, minha escola

fundo-do-baú-minha-mãe-escolaSaudade da minha escola
Do meu primeiro dia de aula
Do medo que eu senti naquele dia
Minha mãe me encorajando
Dizendo que era preciso
No fundo, minha mãe sabia
Que meu maior medo era o dela
Deus não podia ter feito
Uma Mãe melhor que aquela

E eu fui…
E com o tempo a coisa flui
As coisas que vão acontecendo
Vão diluindo nossos medos
Medo da vida, medo do Mundo
Medo das coisas que estão lá fora
Medo de não saber tirar o medo
E colocar os filhos nos trilhos
Quando chega a nossa hora

De sermos nós, os Portadores do medo
Aquelas Mães, guardaram a Sete Chaves
Muitos segredos…
Em mesclar num olhar carinhoso
Um zelo prestimoso
Uma chinelada suave
A voz que se tornava grave
E um dedo em riste, sempre que preciso
Aquilo ensinava prudência e juízo…
Mas eu nunca…jamais aprendi
A ter a mesma eloquência
Com tamanha simplicidade
Hoje, as nossas Mães aparentam
Ter ficado tão pequenas
Apenas parecem
Teus filhos cresceram, Mães
Mas…dias há, que carecem
Daquelas boas chineladas
O Mundo não nos ensinou nada

Não com tanto carinho
E com tanta sabedoria
A gente é que não enxergava
Tanta coisa boa, que os filhos, nós
(Essa gente à toa)
Fomos recebendo e deixando ficar
Neste longo caminho que trilhamos juntos
Por mais que eu tenha aprendido, Mãe
Eu nunca soube fazer nada
Como você fazia
E isso agora me dói muito
Hoje eu vejo que sempre foste
Senhora, em qualquer assunto.

(Edson Ricardo Paiva)logo do fundo do baú raffard

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