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“Nada se cria, nada se perde na natureza, apenas se transforma” – VII

Denizart Fonseca, Cidadão Rafardense, oficial da FAB e professor de Educação Física e Desportos, colaborador desde a fundação do jornal O Semanário

Como sempre, atendendo as nossas solicitações, o amigo Heitor Turolla, nos passou informações colhidas no livro: “Centenário do Engenho Central de Porto Feliz” – 1878-1978 – Coleção do Museu Paulista – referindo-se a história dos primeiros Engenhos para a transformação da cana-de-açúcar em açúcar e álcool no Brasil, contendo também, pequenas citações referentes ao de Rafard, que estamos transcrevendo.

Os primeiros engenhos

Escreveu Manuel Diégues Júnior, que a colonização do Brasil teve início com a construção de Engenhos; o crescimento numérico destes refletia o desenvolvimento econômico da então colônia portuguesa. No início, a lavoura canavieira prosperou em duas regiões: Pernambuco e São Vicente, nesta última foram levantados os primeiros engenhos do Brasil, mas o açúcar sanvicentino não suportou a concorrência do açúcar pernambucano, que gozava de uma grande vantagem: a proximidade dos centros consumidores.

Mas, enquanto nas capitanias nordestinas a economia açucareira se organizava com base na grande propriedade monocultora e na exploração do braço escravo, em São Paulo ela não teve grande importância nesse período. O açúcar paulista era produzido em trapiches (engenhos movidos a bois) e de “modéstia aparência”.

No início do século XIX a desarticulação da produção açucareira nas Antilhas e com o aumento do consumo na Europa, favoreceram a revalorização do açúcar brasileiro, época em que São Paulo não chegaria a alcançar um volume de produção comparável ao Nordeste, porém, o açúcar propiciou às áreas produtoras uma relativa prosperidade, em face das demais regiões paulistas.

Na área central da Capitania, o quadrilátero formado por Mogi-Guaçu, Jundiaí, Piracicaba e Porto Feliz, estava concentrada a maior parte da cultura e indústria açucareira.

Entusiasmados com a expansão do comércio e com a alta dos preços, os fazendeiros dessas regiões, aplicaram grandes capitais na ampliação das lavouras e das fábricas, contraindo pesadas dívidas. Os preços se elevaram progressivamente até 1799 declinando a partir de 1830, mantendo-se durante o século XIX a um nível comparado ao do século anterior.

Mas então, o café tornava-se o nosso principal produto de exportação. Em Itu, o café não ultrapassou a produção de açúcar nesse período: 60 fazendas de café com uma produção de 16.702 arrobas, para 164 engenhos produzindo 159.070 arrobas de açúcar. Favorecido pela conjuntura do final do século XVIII, ocasião em que renasceram os engenhos paulistas, o açúcar brasileiro enfrentou uma fase de recessão a partir da segunda década do século XIX, tendo suas origens no aumento da concorrência nos mercados internacionais. O Brasil passou a enfrentar então a disputas com um novo produtor, Cuba, e do açúcar de beterraba que em 1860 supria 25% do consumo mundial; em 1882, 50% e em 1900, 75%. (Segue)

Cidadania

Aguardando de volta às escolas básicas a matéria Educação Moral e Cívica, temos tido notícias sobre as futuras eleições para escolha dos nossos futuros administradores políticos. Valemo-nos desta, para alertar os eleitores (as) sobre a necessidade de minuciosos e detalhados exames quanto ao grau de honestidade, instrução, competência, experiência e acima de tudo, sincero desejo de participar eficientemente para a evolução e progresso desta cidade comprovados pelos candidatos, colaborando na batalha para tirá-la do marasmo em que se encontra. Você que também a ama, não concorda conosco?

 

ARTIGO escrito por Denizart Fonseca, Cidadão Rafardense, oficial da FAB e professor de Educação Física e Desportos, colaborador desde a fundação do jornal O Semanário
Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do jornal. São de inteira responsabilidade de seus autores.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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