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Natal em tempos de coronavírus vai exigir criatividade e uso da tecnologia

Ás vésperas de celebrar o Natal, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reforça que a decisão mais segura, neste cenário de pandemia, é não realizar as tradicionais e tão esperadas reuniões familiares.

Um distanciamento forçado, porém, necessário, poderá contribuir para que sentimentos de ansiedade, tristeza ou depressão fiquem ainda mais aflorados neste Natal e Ano Novo, é o que explica a psicóloga Carolina Marrone Lorencete Alves.

“O Natal, mesmo sem a pandemia, já mexe com o emocional das pessoas. É um momento que pensamos mais na família, temos a figura do presépio, a espera pelo encontro com aqueles que estão distantes, entre outras expectativas”, acrescenta.

Carolina afirma que com o agravante da COVID-19, o período das festas de final de ano, em 2020, poderá acarretar em prejuízos na saúde emocional, principalmente dos idosos.

Psicóloga Carolina Marrone Lorencete Alves (Foto: Arquivo pessoal)
Psicóloga Carolina Marrone Lorencete Alves (Foto: Arquivo pessoal)

“Tudo isso fica mais potencializado nestas datas festivas. E neste ano, será ainda mais comum, as pessoas mais idosas apresentarem sintomas de depressão e ansiedade”.

Não só os idosos, mas também as crianças poderão sentir mais ansiedade com a ausência dos encontros entre primos, amigos, tios, avós e até a figura do Papai Noel. A psicóloga explica que o momento exige criatividade, para se fazer presente, apesar do distanciamento.

Criatividade e tecnologia

A dica de Carolina, para minimizar a saudade e passar por este final de ano atípico com mais leveza, é abusar da criatividade e dos recursos da tecnologia.

“Como já estamos vendo, o uso da tecnologia pode nos aproximar das pessoas, sem a necessidade do contato físico. As chamadas por vídeo, os aplicativos para as reuniões com os amigos e a família, uma ligação para um parente ou amigo, ou até mesmo, porque não, a tradicional carta”, incentiva.

Ela explica que é importante envolver os idosos e as crianças neste processo de “encontros virtuais”. Os idosos vão precisar de ajuda para superar as dificuldades com as novas tecnologias, já as crianças, devem ser motivadas ao exercício da criatividade, seja através de fotos, presentes enviados pelo correio, desenhos e mensagens para os amigos.

“Este momento não vai ser tão natural como já estamos acostumados, mas é uma oportunidade para refletirmos sobre o que, de fato, realmente importa. Talvez este momento traga algumas lições, como estar mais com a família, com os amigos e valorizar a vida”, deseja Carolina.

Ivanete Cardoso

Jornalista - MTB 57.303

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