Leondenis Vendramim

Natal, Feliz Natal

É óbvio, o dia 25 de dezembro é a comemoração do nascimento de Jesus, mas também é óbvio, Jesus não nasceu nesse dia. Todos sabem que nessa data há rigoroso inverno, e a neve atinge à altura que impossibilitaria a viagem da Virgem Maria prestes a dar a luz, num burro e José andando, por mais ou menos 9.500 km, entre Nazaré da Galileia até Belém, segundo Luc. 2:1-7, (fato confirmado pela história). Considere-se ainda a pastagem coberta por grossa camada de neve, não haveria condições para os pastores orientais estarem pastoreando, a noite toda, suas ovelhas, nem para Maria dar à luz e embrulhar pobremente a Criança, numa manjedoura (Luc. 2:8-12). A data mais provável é início de abril. Então, por que 25 de dezembro?

Essa era a data comemorativa do nascimento do deus Sol ou Haura-Masda, confundido com Mitra. No solstício do inverno, o Sol já apontava após o tenebroso inverno. O Sol era um dos deuses hindus (Varuna), apossado por Zoroastro (séc. 7 e 6 a.C.), e predominou em Roma no século 2, como Mitra. O culto ao Sol, ou Mitra e a guarda do domingo foram impostos ao catolicismo por Constantino em honra ao deus Sol. É também parte dos ritos da Maçonaria.

Os nórdicos adotaram esse deus com o nome de Odin. Odin passava, voando pelas casas, entrando pela chaminé e vendo as botas com capim, deixadas pelas crianças para o seu cavalo voador de 8 patas, deixava em troca, presentes e doces. Os pais cortavam pinheiros, enfeitavam-nos e colocavam presentes sob a “árvore sagrada de Odin”, hoje, “árvore de natal”. O pinheiro devia ter o formato triangular em homenagem à ”Santíssima Trindade”, como ensinava o monge beneditino Bonifácio no século 8.

Outra lenda, o bispo S. Nicolau era muito generoso e distribuía doces e presentes para crianças órfãs no dia de Natal. Certa feita deu dotes para três moças muito pobres a fim de poderem casar e evitar a prostituição. Essas são algumas origens lendárias do Natal e do Papai Noel.

Ainda que essa festividade tenha origem pagã, idólatra e lendária, trás alegria às crianças, união familiar, confraternização social e período de paz nas guerras. Podemos reunir os familiares para momentos de alegria, conversas felizes e saudáveis, troca de presentes (de acordo com as possibilidades), uma refeição salutar. Nessa reunião não se deve esquecer o foco central: Jesus, o Deus Criador do Universo, nasceu em nosso Mundo como homem, sofrendo como homem, padeceu e morreu na cruz como homem para salvar os homens vis e pecadores da condenação e destruição final. Era o maior presente que Deus poderia dar à humanidade –“Porque um menino se nos deu, um filho nos nasceu, o principado estava sobre os seus ombros e o seu nome será Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz”. (Is. 9:6).

Como os pastores orientais Lhe deram presentes, no Natal devemos presenteá-Lo. O seu coração, sua vida será a melhor dádiva que você pode ofertar – é isto que Ele pede (Prov. 23:26). Esse deve ser o motivo principal da felicidade familiar, ainda que em dia errado, mas que seja pelo motivo e resultado certos.

O povo estará mais altruísta. É tempo de se voltar a Jesus, ser mais cordial com a esposa e filhos. Os presentes materiais têm muito valor, porém o sorriso, a fraternidade, o reconhecimento, a participação, os abraços carinhosos do íntimo, entregar o coração à família farão a felicidade de todos e sua companhia será desejada. O Natal é um momento de agradecer a Deus pelo Redentor, aos familiares por serem partes de sua vida, momento propício para reconciliação entre irmãos, pais, filhos e cônjuges. É momento de estreitar os laços familiares e conjugal. É também oportuno dar alguma coisa aos pobres – “Quem dá aos pobres empresta a Deus” (Prv. 19:17). Compartilhem as boas novas sobre o Salvador com aqueles que não O conhecem.

No dia em que Jesus nasceu muitos ficaram indiferentes, como hoje, outros, como Herodes, O perseguiram, tal qual acontece em nossos dias com suas teorias ateístas e misticismo, enquanto Deus e os anjos se alegraram com o nascimento do Salvador, Rei dos Reis, Senhor dos Senhores, coros angelicais cantaram no Seu nascimento e anunciaram: eu vos trago novas de grande alegria, na cidade de Davi vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor, (Luc. 2:9-11) o seu e meu Salvador.

O período do Natal é próprio para comemorar, rejubilar e louvar a Deus porque Ele não nos deixou abandonados nas profundezas e escuridão dos nossos pecados. Nas densas trevas de nossa rebelião Deus acendeu uma luz. Embora aprisionados pelas garras do pecado e da maldade, o Criador mostra uma esperança, Jesus o Deus Homem.

Ao lembrar-se do nascimento do Bebê na manjedoura de Belém, alegremo-nos, exaltemos e compartilhemos a mensagem de amor que Deus nos deu – nasceu o nosso Salvador. Desejo de coração que os leitores tenham um Natal muito feliz com a presença de Deus no seu lar.

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