Na terça-feira (11), a Defesa Civil de Capivari informou que o nível do Rio Capivari está 10 centímetros abaixo do normal, que é de 80 cm. “Contudo, não é a água do rio Capivari que abastece o município”, explicou.
Segundo a diretoria, em Capivari não está havendo racionamento, pois as águas que abastecem o município são pertencentes aos rios da fazenda Milhã, Água Choca e outros 34 poços artesianos. “Os níveis dessas águas estão dentro da capacidade esperada para essa época do ano.”
A assessoria de imprensa da Prefeitura de Capivari informou ainda que desde 2009 realiza diversas campanhas para conscientizar a população quanto ao consumo consciente da água. Devido a lei eleitoral – em vigor entre os meses de julho a agosto – a Prefeitura não pode realizar campanhas institucionais no período, porém, os profissionais da Defesa Civil e também do SAAE fazem o acompanhamento e controle semanalmente do nível das águas. “A Defesa Civil também divulga periodicamente orientações a população quanto a prevenção de doenças respiratórias e outros riscos que são agravados com a falta de chuva.”
Região
Sem chuvas há quase dois meses, o nível dos rios que abastecem as regiões de Campinas, Jundiaí e Piracicaba começou a baixar e ameaça o fornecimento de parte dos 5 milhões de habitantes dos municípios que integram a bacia hidrográfica do Piracicaba-Capivari-Jundiaí (PCJ). Outras cidades do Estado também sofrem com a secura — a baixa umidade relativa do ar tem elevado a ocorrência de queimadas.
Com o clima beirando os níveis de deserto (10% de umidade), o Sistema Cantareira, que retira água da Bacia do Piracicaba para armazenamento e abastecimento de grande parte da capital paulista, precisou ter o volume de água liberado de volta para o interior praticamente dobrado. Desde o dia 31 de agosto, os três reservatórios do sistema aumentaram a vazão liberada de 4.000 litros por segundo para 7.500 l/s.
Quem gerencia o sistema é a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), que garante que não há riscos para a capital. A decisão de rever o fluxo foi tomada pela Câmara de Monitoramento Hidrológico do Comitê do PCJ, e busca evitar que Campinas, Jaguariúna, Americana e Piracicaba sofram desabastecimento neste e no próximo mês.
Nessa região, o problema já é sentido em São Pedro, que adotou racionamento para alguns moradores entre 13h e 17h. Em Piracicaba, a queda no volume do rio é visível. Seu nível, que é de 2,10 m na medição da rua do Porto, já baixou 65 cm e é possível ver as pedras no fundo.
Já Americana, abastecida pelo rio Piracicaba, enfrenta problemas de captação. Por retirar água em um ponto não tão profundo do leito, a queda abrupta do nível colocou em alerta o DAE (Departamento de Água e Esgoto). O município solicitou o aumento de vazão do Sistema Cantareira. Em Campinas ainda não há risco imediato de desabastecimento, mas a vazão do Atibaia, principal fonte de abastecimento local, caiu de 20 mil l/s para 15 mil l/s. (As informações são do jornal O Estado de S. Paulo)
Chuvas
A previsão no site climatempo.com.br para Capivari e Rafard é de que nos dias 20 e 21 o tempo apresente sol e aumento de nuvens de manhã, com pancadas de chuva a tarde e à noite.
A última medição da umidade do ar na região, realizada na quarta-feira (12) pela Estação Piracicaba do Instituto de Meteorologia, indicou 27%. No mesmo dia, o site da Cetesb avaliou a qualidade do ar da região como regular, com índice de qualidade de 59 e emissão de poluentes MP10 (podem ser definidas de maneira simplificada como aquelas cujo diâmetro aerodinâmico é menor que 10 µm. As partículas inaláveis podem ainda ser classificadas como partículas inaláveis finas – MP2,5 ( O site alerta que neste nível, pessoas com doenças respiratórias podem apresentar sintomas como tosse seca e cansaço, e para proteger a saúde, devem optar pelo transporte coletivo e oferecer carona, diminuindo o fluxo de veículos nas cidades, consequentemente, a emissão de gases poluentes.
