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Número de vacinados aumenta e casos de Covid despencam na região

Desde janeiro deste ano, quando começou a vacinação contra a Covid-19 no Brasil, a esperança era de que o número de novos casos e mortes causadas pela doença começasse a cair.

Nos últimos dois meses, apesar do surgimento das novas variantes, o resultado das vacinas começou a aparecer. A redução dos casos e a desocupação dos leitos das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) dá um novo ânimo na esperança pelo fim da pandemia.

Os números são animadores. No interior do Estado, Equipes de Saúde de municípios como Rafard, Capivari e Mombuca confirmam a redução do número de novos infectados. Nas mesmas cidades, têm, ainda, o alívio nos leitos de UTI’s, antes lotados, e também a redução do número de óbitos causados pelo Novo Coronavírus.

Em Rafard, segundo a Diretoria de Saúde, houve uma redução de 97% nos casos de Covid-19 nos últimos dois meses. No auge da pandemia, a Unidade de Saúde chegou a registrar mais de 60 novos casos num só dia.
Na última semana, os boletins mostram que são menos de dois casos confirmados por dia. O número de óbitos também caiu. O último aconteceu no dia 17 de julho.

No município, a equipe de saúde está otimista e já fala na possibilidade de um retorno gradual dos atendimentos dentro da normalidade, seguindo o padrão de antes da pandemia.

“Com o avanço da vacina e com cada vez menos casos de Covid no município, já estudamos a possiblidade de transferir os atendimentos para o interior da Unidade Básica de Saúde, adotando, sem dúvida, as medidas de segurança”, diz o diretor de Saúde de Rafard, Vanderlei Cocato Borges.

Embora com uma porcentagem menor que Rafard, Mombuca também vive dias mais tranquilos com a redução do número de casos de Covid-19. Segundo dados, atualizados pela Diretoria Municipal de Saúde, a contaminação pelo vírus caiu em mais de 40%. A incidência de mortes pela doença também cessou. Há pouco mais de um mês, não há registro de novos óbitos, o último confirmado foi no fim de agosto.

Os infectados pelo coronavírus também estão em queda em Capivari. Segundo nota da Secretaria Municipal de Saúde, nos últimos dois meses, a redução foi uma das maiores já registradas desde o início da vacinação.

Um comparativo dos últimos 120 dias mostra bem este resultado. Entre 28 de maio e 28 de julho, em apenas 60 dias, Capivari registrou 1.662 casos confirmados da doença, e um total de 49 mortes por coronavírus.

Já no período de 29 de julho a 28 de setembro (última terça-feira), foram 344 casos de infectados e registro de oito óbitos. Nota-se, que no prazo de dois meses, o número de novos casos foi cinco vezes menor, com 41 mortes a menos.

No boletim da Vigilância Epidemiológica da última terça-feira (28), Capivari registrou apenas 2 novos casos da doença, e a não ocorrência de novos óbitos desde o dia 31 de agosto.

A ocupação de leitos de UTI e também os clínicos, mantém-se zerado desde o último boletim, tanto na Santa Casa de Misericórdia, quanto no Hospital Unimed.

Apesar dos números animadores, o Serviço de Saúde dos três municípios são unanimes na orientação de que as medidas de prevenção devem continuar, e reforçam que a pandemia ainda não acabou, sendo indispensável o uso de máscaras, o distanciamento e a atenção às doses da vacina.

Vacina

Em Rafard, de acordo com a Diretoria Municipal de Saúde, mais de 60% da população já tomou pelo menos uma dose da vacina contra a Covid-19. Até a manhã desta quinta-feira (30), o total de vacinados com a primeira dose era de 7.545 moradores.

Já a imunização completa com a segunda dose são 4.224, e com dose única, 246 pessoas. O total de doses aplicadas no município, até a última atualização, é de 12.015.

Segundo o diretor de Saúde, Rafard segue vacinando adolescentes com 12 anos ou mais, sem comorbidades. Tem também a dose de reforço para os idosos a partir dos 60 anos.

“Já foram aplicadas 83 doses de reforço em idosos. A partir da próxima semana, também já vamos iniciar a dose de reforço para os profissionais de Saúde. Hoje, no Serviço de Saúde do município, são 74 profissionais, todos vão receber o reforço vacinal”, explica Cocato.

Em Capivari, de acordo com os dados do Portal Vacina Já, do Governo do Estado, 41.243 pessoas já tomaram a primeira dose da vacina. Destes, 28.054 já estão com a imunização completa com a segunda dose, e 283 pessoas tomaram a dose única.

O município também está vacinando adolescentes com idade de 12 anos ou mais, e a dose de reforço está sendo aplicada em idosos a partir dos 60 anos. Para ser imunizado, os moradores devem comparecer, de segunda a sexta-feira, nos postos de saúde dos bairros, das 13h às 15h, ou também no salão de festas da Igreja Matriz de São João Batista, das 8h às 15h.

Em Rafard, o Serviço de Saúde mantém o posto de vacinação no prédio da escola Benedita Almeida Vendramin, próximo à Unidade de Saúde. Em Mombuca, as doses de vacina contra a Covid estão disponíveis na Unidade de Saúde, com agendamento.

Retorno das atividades

A Diretoria Municipal de Cultura e Esporte deve anunciar nas próximas semanas a retomada das atividades esportivas, culturais e de lazer em Rafard.

Nas atividades de dança estarão de volta as aulas de balé, jazz e o Projeto Dançarte. Também retomam as aulas da Banda Marcial e as atividades esportivas como futsal, futebol e vôlei para a Terceira Idade.

Mesmo com o retorno das atividades em grupo, a Diretoria Municipal de Saúde informou que serão mantidas as medidas de segurança.

Segundo o diretor de Saúde, Vanderlei Cocato, o Comitê Municipal de Contingenciamento da Covid-19 esteve reunido na semana passada e estabeleceu critérios para a retomada de atividades esportivas, culturais e também para a Rede Municipal de Educação.

O uso de máscaras, álcool em gel e grupos reduzidos continua valendo para todas as atividades. Além disso, Cocato explicou quais serão as medidas adotadas em casos suspeitos ou confirmados de Covid.

“Se numa sala de aula ou num grupo de atividades esportivas ou culturais tiver um caso suspeito de Covid, o aluno será afastado por 10 dias. Depois de feito o teste, se o resultado for positivo, toda a turma ou classe terá as atividades suspensas também por 10 dias”, disse o diretor.

Dois meses da UTI na Santa Casa

A terça-feira (28) também marcou outro dado importante. A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa de Misericórdia de Capivari chegou a marca de dois meses de funcionamento.

A abertura foi anunciada em coletiva de imprensa, no dia 28 de julho. O local segue sendo usado apenas para atendimento a casos de Covid-19, e segundo o governo municipal, com uma equipe ágil, vem atingindo níveis de excelência entre os pacientes.

Em nota, a Prefeitura de Capivari informou que durante os primeiros 60 dias de funcionamento, 56 pacientes já passaram pela unidade, sendo atendidos por 10 médicos, seis enfermeiros, quatro fisioterapeutas, quatro profissionais de apoio de 15 técnicos de enfermagem, responsáveis por prestar auxílio aos pacientes que estão em busca da recuperação.

De acordo com dados levantados pela Fundação Oswaldo Cruz, menos de 10% dos municípios do Brasil possuem UTI. Em Capivari, a unidade voltou a funcionar após um período de 10 anos de inatividade.

Recentemente, foram recebidos R$ 100 mil em novos equipamentos para atender os sete leitos disponíveis.
O prefeito Vitor Riccomini comemora a importância desta data. “Hoje estamos felizes em celebrar dois meses de funcionamento da UTI em Capivari, temos funcionários empenhados em salvar vidas a todo custo e equipamentos que permitem que todos os pacientes sejam atendidos da melhor forma possível. Muito em função disso, os investimentos em Saúde não vão parar por aqui”, conclui.

Segundo o governo municipal, graças ao bom atendimento prestado pela unidade, somado ao avanço da vacinação contra a Covid-19 em Capivari, a UTI da Santa Casa se encontra com todos os leitos disponíveis.
A UTI ainda seguirá atendendo estritamente casos de Covid-19, por tempo indeterminado.

“A administração da Santa Casa informa que, como não existem registros de Covid-19 que necessitariam de atendimento da UTI, a equipe trabalha empenhada no atendimento aos pacientes internados em leitos de retaguarda de emergência, ou seja, pacientes em estado grave que possuem outras comorbidades”, encerra a nota.

Ivanete Cardoso

Jornalista - MTB 57.303

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