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O Brasil e seus verdadeiros ‘donos’

Denizart Fonseca, Cidadão Rafardense, oficial da FAB e professor de Educação Física e Desportos, colaborador desde a fundação do jornal O Semanário

A palavra donos, é erradamente aplicada por todos nós para designar algo que adquirido para satisfazer nosso conforto e prazeres físicos, indica posse definitiva, uma vez que nem de nossa própria vida o somos.

A rápida passagem empreendida neste Plano de Entendimentos e Regeneração, por bondade Divina para nossa evolução intelectual e espiritual, em demonstração de gratidão deverá ser, como eternos aprendizes, aplicada com dedicação e esmero.

Tudo quanto desfrutamos, a começar da vida material, nos foi cedido pelo Deus do nosso coração e da nossa compreensão, Grande Arquiteto do Universo o Pai Nosso que está no céu, bem como pelo Livre Arbítrio observado no Evangelho com a seguinte expressão “O plantio é livre, mas a colheita é obrigatória”, isto é: tudo quanto pensarmos (mesmo sem realizarmos) estará anotado para recebermos alguma dádiva ou indenizarmos alguma dívida. “A cada um de acordo com seu mérito”, também está escrito no Livro da Lei.

Este Brasil, que deve ser por todos nós, seus filhos: idolatrado e sempre muito amado, verdadeiro continente onde nascemos, crescemos e certamente seremos sepultados, cujo nome recebido deve-se a vasta extensão em suas matas, das árvores chamadas “Pau Brasil” por sua cor vermelha, semelhante a brasa, antes da acidental chegada de Pedro Álvares Cabral, Almirante português e sua esquadra, que, a procura das índias Ocidentais, aqui se alojaram, falsamente se proclamando seus descobridores. Esta terra já era habitada por nossos irmãos indígenas, formando tribos de muitas etnias que tomavam nome de acordo com a região em que viviam. Residindo em tabas construídas geralmente a beira de rios, de onde para sua alimentação, pescavam usando arco e flecha ou lanças. Valendo-se de várias maneiras para se comunicarem verbal quando pessoalmente, quando distantes através de fumaça, por batidas em atabaques, por gritos ou selecionados apitos produzidos por bambu fino.

As tribos são muito bem organizadas, observando e respeitando rituais religiosos com cantos e danças, respeitadores, tendo como autoridade máxima, Conselheiro e Juiz um Page e como Chefe (disciplinado e disciplinador) um Cacique, ambos identificados por pinturas em várias partes do corpo e cocal.

No dia 28 passado, atendendo ao convite do amigo Antoninho Macedo, fundador, organizador e competente dirigente da Organização Social Abaçaí Cultura e Arte, sediada em área da Fazenda São Bernardo, comparecemos ao agradável evento produzido pelas presenças dos nossos irmãos indígenas e suas artes, tendo oportunidade de fazer novas amizades, além de adquirir algumas peças da sua perfeita criatividade e arte. Para marcar a visita, várias gravações e fotografias foram executadas na ocasião, junto deles.

Respondendo às perguntas do Cacique sobre nossas atividades dissemos, dentre outras, da nossa participação na 2ª Guerra Mundial, pelo que fomos aplaudidos e, considerados merecedores homenageados por canto e dança durante o que nos colocou o cocar, sendo por esse motivo, simbolicamente tidos como Cacique da raça Tupy-Guarany. Agradecendo fizemos um comentário sobre a preservação das suas reservas, protegendo seus moradores e dando-lhes condições “como donos da terra”, para aumentar seus conhecimentos intelectuais e poder vir a participar e ocupar lugar de destaque para o progresso do Brasil. Em retribuição à homenagem recebida, nos acompanhando ao violão, cantamos seguidos por muitas pessoas, inclusive pelo Cacique, o samba-canção Carinhoso, sendo muito aplaudido.

Nós todos, moradores em Rafard, devemos dar apoio e participar de todas as iniciativas destinadas à sua evolução no setor da Educação e das Artes. É isso.

ARTIGO escrito por Denizart Fonseca, Cidadão Rafardense, oficial da FAB e professor de Educação Física e Desportos, colaborador desde a fundação do jornal O Semanário
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Jornal O Semanário

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