Opinião

O grande amigo Vadinho

05/06/2015

O grande amigo Vadinho

Luis Pereira e Osvaldo Agostinho Riccomini durante o lançamento do livro "Murmúrios de uma Primavera" (Foto: J. R. Guedes de Oliveira/Arquivo pessoal)
Luis Pereira e Osvaldo Agostinho Riccomini durante o lançamento do livro “Murmúrios de uma Primavera” (Foto: J. R. Guedes de Oliveira/Arquivo pessoal)

Artigo | Por J. R. Guedes de Oliveira

A notícia me causou uma profunda tristeza: o falecimento, aos 66 anos de idade, do nosso querido amigo Osvaldo Agostinho Riccomini, o Vadinho.

Na última vez que o vi (e conversamos muito), foi no lançamento do livro do Luís Pereira, nas dependências da Câmara Municipal de Capivari, já há alguns anos. Depois, não o vi mais, mas sabia do seu corre-corre em busca do melhor para o glorioso “Leão da Sorocabana”, o nosso querido Capivariano Futebol Clube.

No evento deste lançamento do livro “Murmúrios da Primavera”, ficamos relembrando, os velhos tempos em que éramos aprendizes no famoso e memorável Escritório Vieira. Isto precisamente em toda década de 1960. Bons tempos, quando, sob a batuta do Dito Vieira, ou melhor, Alcides Vieira e do Orlando Grella, fazíamos as escrituras fiscais das empresas comerciais e industriais de Capivari. Era na Praça Dr. Cesário Motta, no antigo Clube de Cultura Artística. Lembrávamos, entre as histórias pitorescas, os amigos que compartilhavam do nosso dia a dia. Sempre tínhamos algo a dizer dos que aprenderam e estavam aprendendo sobre as coisas contábeis: do Roberto Lopes, o Norberto de Góes e seu irmão Lamartine, o Lázaro Narciso, o Josephat Soraggi,, o Navaldo Garibaldi, o Luiz Carlos Cereser, o Humberto Fonseca, o Vicente Colaneri, o Netinho, o Humberto Dal Fabbro, o Luís Pereira, o Atílio Scontre, o José Giacomini, o Mário Pires, o Antonio Marmo de Arruda, o “Cebola” Antonio Cesário dos Santos, o “Guará” Guaraciaba de Souza Martins, o Arthur Sigrist, o Geraldo Armelin, o Evanil Armelin, o José Maria Balan, o José Roberto Aranha, o Paulo Roberto Rossi e outros tantos que foram amigos sinceros deste nosso saudoso “Vadinho”. E sempre na roda dos amigos diletos, gostava eu de dizer que o Vadinho, muito embora com pouco cabelo, compensava tal visual, o seu imenso coração.

Corria no sangue de “Vadinho” o futebol. Desde os tempos de menino já compartilhava com as peladas. Organizou e dirigiu um pequeno time de futebol, o Continental, do então chamado Morro do Quagliato. Lá ele já se prestava a ser um dirigente, como também um bom jogador. Daí a sua vontade de dirigir uma cidade. E foi prefeito municipal de Capivari. Depois, animado pelo desempenho do Capivariano Futebol Clube, a ser o seu Presidente e dos mais ativos.

Lembro-me, nitidamente, dos velhos tempos do Escritório Vieira. Lá ia ele, como outros aprendizes, como eu, em busca dos livros das empresas, para a escrituração. Era toda segunda-feira o recolhimento destes livros fiscais, com as notas emitidas e recebidas. Uma sequência de anos neste mesmo sistema de escrituração contábil.

Lembro-me de sua figura, montada numa bicicleta, correndo as ruas de Capivari. Velhos tempos do IVC – Imposto de Vendas e Consignações, tempos que correram tão céleres.

Mas, para mim, o Vadinho vive na imagem de sua figura boníssima e do seu entusiasmo por tudo que se dizia Capivari. E se morreu, tenho dúvidas, porque, segundo Guimarães Rosa (e eu sou fanático por suas obras), “as pessoas não morrem, ficam encantadas”.

O exemplo deixado pelo “Vadinho” é valoroso, assim como a sua trajetória de vida. O seu legado, a sua ficha-corrida, digo assim, é de se prestar atenção, pois que em nenhum momento vacilou e foi, além de chefe de família brilhante, um dirigente e homem público dos mais valorosos.

Padre Eusébio

Comemoramos, no dia 12 passado, o aniversário de nascimento do nosso querido e saudoso Padre Eusébio, figura marcante da nossa Capivari.

Em três décadas de intenso e exaustivo trabalho cristão, o Padre Eusébio foi um sacerdote de primeira linha, estando à frente não só de suas Igrejas de São Benedito e São João Batista, como também na vida de empreendimentos pela nossa cidade.

Quem o conheceu, como eu, lá nos anos de 1962, quando aqui chegou, pode dizer, francamente, que este homem foi um consolo beneditino aos aflitos e angustiados, bem como aos doentes que os visitava constantemente, levando a palavra de Cristo.

Padre Eusébio representou para a Igreja uma palavra de conforto e o caminho a que deveríamos trilhar, despojados, sim, do desejo de riqueza financeira e das banalidades que correm por todos os cantos. Pregou e empregou a palavra do amor fraterno e da capacidade do homem de se colocar à serviço do seu irmão desafortunado.

Num pequeno artigo, como este, não seria suficiente para dizer da grande alma que foi o Padre Eusébio, do que ele nos ensinou e do que ele desejou ao próximo, despojado que foi de qualquer vaidade. Quantas vezes os capivarianos tiveram a oportunidade de vê-lo com o seu carro, em visitas aos que precisavam do seu consolo e da sua palavra altíssima.

Mas para reverenciá-lo condignamente, no ano passado encetei uma extensa pesquisa, colhendo todo material de suas mensagens, reflexões e artigos, principalmente estampados no jornal “Correio de Capivari”.

Dei-lhe um título: “As Mensagens do Padre Eusébio”. São páginas inesquecíveis, fotos dele com seus familiares, depoimentos de figuras que trabalharam com ele na grande obra da caridade e do apoio aos necessitados.

A obra, depois de um ano, ficou pronta, com cerca de 270 páginas – justa homenagem in memoriam, que preservará, assim, a sua eterna lembrança entre nós.

A Editora EME fez um preço especial de orçamento para 1000 exemplares, importando em R$ 9.800,00.

Tenho uma pequena parte já destinada a esta edição, cuja venda será revertida às instituições Lar das Crianças e Lar dos Velhos (Vicentinos), de Capivari. Aos colaboradores, será dado crédito na introdução do livro, em nota de agradecimento, bem como a reserva de exemplares. Qualquer importância será de enorme valia na somatória das demais.

Só desta forma, concitando os capivarianos para esta iniciativa, é que terei êxito na concretização deste velho sonho de homenagem a um holandês-capivariano de nome Eusébio van den Aardweg, falecido em 1993.

Patrocínio, será na gentileza de se fazer diretamente à Editora EME, para o projeto: EME – Editora e Distrib. de Livros Ltda.-ME – Av. Brigadeiro Faria Lima, 1080, Vila Fátima – 13360-000 – Capivari-SP – CNPJ 04.481.009/0001-12 – Inscrição Estadual 253.090.344.111. Conta Bancária: Banco do Brasil S.A. Agência 0699-8 – Capivari/SP. C/C 8031-4 ou Caixa Econômica Federal. Agência 0298 – Capivari/SP. C/C 03-00056-2.

Espero, desta forma, que possamos homenagear o Padre Eusébio, com esta obra que permanecerá na eterna lembrança e leitura de todos nós que admiramos sobremaneira o venerando e saudoso sacerdote. Qualquer dúvida ou por maiores detalhes, por favor, façam contato comigo.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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