ArtigosRubinho de Souza

O neto e o avô

– Vovô, às vezes, eu deixo cair minha colher, disse o neto.

– Comigo também acontece isso, respondeu o avô.

– Outro dia, eu fiz xixi nas calças, sussurrou o netinho no ouvido do avô.

– Não se preocupe, comigo também já aconteceu isso, meu querido, riu o avô.

– Às vezes eu sinto vontade de chorar de saudades de você vovô, disse o menino.

– Eu também choro, quando você não está aqui, assentiu o avô, com lágrimas nos olhos.

– O pior vovô, é que os adultos não me ouvem, disse o menino, com tristeza.

– Nesse momento, então foi que o menino sentiu o calor da mão do avô, enrugada, que sabia exatamente o que o neto sentia, como somente aqueles que já viveram tanto tempo, podem compreender.

– Eu sei exatamente como você se sente, disse o velho, com um olhar cheio de sabedoria, mas fique em paz meu filho, que se o ciclo da vida, seguir seu curso natural, você um dia será adulto e eles irão envelhecer, se tornarão sábios e se lembrarão de tudo isso…

O neto e o avô
O neto e o avô

A nossa vida é um sopro, é como uma flor que nasce ao romper da manhã, mostrando toda sua beleza e perfume, mas à tarde vem o sol e ela murcha e seca – diz o Livro Sagrado – pois num segundo, não somos mais, não estamos mais e viramos saudade por um período de tempo. Depois de alguns anos, nem isso mais.

Aproveitemos que teremos um Ano Novo pela frente daqui a pouco e repensemos nossa maneira de ver, encarar o mundo, e de tratar as pessoas, principalmente aqueles que estão ao nosso lado, nos apoiando de alguma maneira.

Não coloque em segundo plano, quem sempre lhe tratou com prioridade, pois a colheita é sempre de acordo com a semeadura…

Pensem nisso e que Deus abençoe a todos nós!

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