Rafard

ONG Focinho Carente luta por área adequada; presidente abriga animais na sua própria casa

28/07/2017

ONG Focinho Carente luta por área adequada; presidente abriga animais na sua própria casa

Animais dividem espaço na área externa da residência do presidente da ONG (Foto: Nando Almeida/O Semanário)
Animais dividem espaço na área externa da residência do presidente da ONG (Foto: Nando Almeida/O Semanário)

RAFARD | Nos dias de hoje observa-se uma realidade cruel vivida por muitos animais, além de desumana, um caso de saúde pública. Há 10 anos, a ONG Focinho Carente vem desempenhando um papel que cabe às administrações públicas, que é o cuidado com os animais de rua.
Reaberta com a finalidade de resgatar animais doentes e abandonados e encaminhá-los para adoção, mesmo sem ter uma sede própria, a ONG atende hoje, aproximadamente 40 animais, entre cães e gatos. Todos são abrigados na casa do presidente da organização, Luis Antônio Campos Borges, mais conhecido como Teté.
Depois de anos de luta, apesar de ter recebido a doação de uma área de terra na Fazenda Itapeva, para uso exclusivo da construção da sede e abrigo dos animais, a ONG enfrenta um novo problema. Segundo Borges, o terreno está localizado em meio a muitas residências, o que poderia causar transtornos para as famílias, além da área ser considerada muito pequena para a construção do abrigo.
Para o presidente da ONG, a solução seria a troca da área por outra, próxima a Fazenda Santa Rita, que estaria isolada de residências. “A solicitação depende da Prefeitura de Rafard, que precisa enviar um ofício pedindo a troca. O local é ideal para a organização e está abandonado, pois lá estava destinado a outro projeto, que não foi levado adiante”, explica Borges.
A busca por uma área de terra já dura anos e, segundo o presidente da ONG, tudo depende apenas de um fator, a boa vontade das partes envolvidas. “Isso tudo é uma questão de boa vontade e nada mais. Recebemos um terreno que não resolve nosso problema. Apesar disso, tenho visto certo empenho no atual prefeito Uil e acho que em breve haverá uma solução”, acredita.
Além de ceder a própria casa para tocar a ONG, Teté Borges reclama da falta de apoio dos órgãos, já que em muitos casos, ele próprio tem que arcar com todos os gastos. “Embora eu venha recebendo algumas doações, não são suficientes para cobrir todos os custos. O único apoio constante que podemos contar é da Associação Vira Latas Vira Lar, de Capivari, a qual oferece todo mês, materiais de limpeza e um saco de ração e, também, da Agro Pet Mania, que auxilia com medicamentos e ração”, reconhece.
Enquanto a solução definitiva não aparece, a Focinho Carente continua abrigando os animais no Centro de Rafard, na Rua Armando Sales de Oliveira, 212, mas não pode receber ou acolher mais nenhum animal, por falta de espaço.
Para ajudar a ONG, os interessados podem entrar em contato pelos telefones: 2146-9606 ou 99230-9000, ou até mesmo deixar a contribuição na Agro Pet Mania, com o Ademir, na Rua André de Mello, 408, no Centro de Capivari.

Controle animal
A criação de uma política pública voltada ao controle de zoonoses e à promoção do bem-estar animal, tanto no que se referem aos animais que se encontram em situação de abandono como aos domésticos que se encontram na posse de pessoas de baixa renda, é uma das carências de Rafard e centenas de outros municípios, que não contam com um centro de zoonoses. Mais do que exterminar o problema, é preciso lidar com ele, criar programas de conscientização sobre a castração e adoção consciente.
A criação de projetos e até mesmo o apoio a organizações que já realizam este tipo de trabalho, reduziria o problema, pois além de prevenir doenças nos animais, diminuiria a situação de abandono e os riscos de doenças a população, pela falta de vacinação adequada. Além disso, a própria Prefeitura pode ser beneficiada, diminuindo custos com resgate, alojamento, tratamento, encaminhamento para adoção de animais e a significativa redução de gastos com manutenção de milhares de animais em abrigos.
Outro ponto positivo num trabalho como o da ONG Focinho Carente, é que a cidade ficaria mais limpa, diminuindo o risco de transmissão de doenças contagiosas.

Gatos também são abrigados por ONG (Foto: Nando Almeida/O Semanário)
Gatos também são abrigados por ONG (Foto: Nando Almeida/O Semanário)

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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