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Pandemia da Covid-19 deixa mais de 7.500 alunos de Rafard e Capivari fora das salas de aulas em 2020

No calendário escolar 2020, o ano letivo terminou na quarta-feira (23). Com milhares de alunos fora das salas de aula, por conta da COVID-19, a volta às aulas em 2021 ainda traz incertezas.

Só em Rafard, na Rede Municipal de Educação, foram 1.035 alunos, de 4 meses a 10 anos de idade, que tiveram suas atividades suspensas em março deste ano. Em abril, os alunos, a partir das séries iniciais até o 5º ano, começaram a estudar em casa, com o material impresso entregue aos pais em cada escola.

Em Capivari, só na Rede Municipal de Educação, o número de alunos que tiveram as aulas presenciais suspensas é de pouco mais de 6.600, entre Educação Infantil, Ensino Fundamental e Educação de Jovens e Adultos (EJA).

A mudança inesperada da rotina escolar, afetou a vida de mães que trabalham fora e dependiam das creches e escolas de Educação Infantil para deixar seus filhos. Em Rafard, chegou a 54, o número de bebês e crianças de até 2 anos que tiveram que ficar em casa por conta da pandemia.

No total de crianças, que passavam a manhã e tarde na escola, entre as creches e a unidade de período integral, o número passa de 300 alunos só na Rede de Rafard. Já em Capivari, são 800 crianças com idade entre 0 a 3 anos que, desde a pandemia, não puderam mais ir à creche.

O novo normal

Junto com a mudança na rotina de crianças que ficavam na creche, vieram os desafios para mães como Geisa Campos, que tem dois filhos pequenos, de 2 e 3 anos, matriculados na Rede de Educação em Rafard.

“No começo, foi uma loucura e a adaptação de trabalhar em casa com duas crianças pequenas não foi nada fácil”, conta ela, ao relatar que de manhã já deixava os pequenos na creche e seguia para o trabalho.

A creche fechada, as crianças em casa e o trabalho home office chegaram todos ao mesmo tempo, e a saída foi se adaptar.

“Para as reuniões de trabalho eu conto com a ajuda de pessoas da família, e no dia a dia tive que me adaptar aos horários das crianças, e contar com a compreensão dos chefes da empresa, e agora, tudo já está equilibrado”, diz ela.

Sem muitas expectativas para uma breve reabertura da creche, Geisa afirma que pretende seguir com a adaptação do home office e dedicar mais tempo ao lado dos filhos. Outra decisão, é que os pequenos só voltarão para a unidade escolar, após sair a vacina.

Ano Letivo 2021

Só o que se sabe para a volta às aulas em 2021 é que muita coisa mudou.

“Nós pretendemos voltar às aulas dia 1º de fevereiro, mas ainda está tudo muito indefinido. Já começamos a preparar as escolas e os nossos funcionários e professores para um retorno com segurança”, afirma a diretora municipal de Educação de Rafard, Cristiane Pellegrini Rossi, que continua na pasta em 2021.

Cristiane afirma que o maior desafio será o retorno das creches e escolas infantis dos anos iniciais, pois o contato com os funcionários, professores e entre as crianças é bem maior.

“Com as crianças maiores será difícil, mas acreditamos que vai ser possível, já os pequenos, eles têm muito mais contato com a equipe e com as outras crianças da mesma idade, é o caso, por exemplo, dos bebês de colo”, comenta a diretora, ao afirmar que o retorno das creches segue sem previsão.

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Materiais de proteção que serão utilizados em Rafard (Foto: Divulgação/PMR)

Para um possível retorno das aulas, mesmo que no método híbrido, quando as aulas são em parte presenciais e em parte remotas, a Diretoria de Educação de Rafard afirma que já investiu na compra de equipamentos de segurança como máscaras, protetores, álcool em gel, tapetes para higienização e totens para as entradas das escolas. A partir do dia 4 de janeiro, os pais que ainda não fizeram as matrículas de seus filhos podem procurar as escolas das 7h às 11h e das 12h às 16h.

Em Capivari, a Secretaria Municipal de Educação informou que também já fez a compra dos equipamentos de segurança para todas as unidades escolares. Já sobre um possível retorno das aulas presenciais, período de matrículas e atendimento nas creches, a Secretaria não se manifestou, afirmando que as decisões cabem à nova gestão a partir de janeiro de 2021.

Ivanete Cardoso

Jornalista - MTB 57.303

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