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Parabéns Capivari, pelos 187 anos!

hotel corazza capivari fundo do baú

No começo do século XVIII, diversas monções partiam de Porto Feliz rumo a Cuiabá, onde ricas jazidas de ouro foram descobertas. Mas a viagem, feita pelos rios, era penosa. Muitos morriam pelo caminho, sucumbindo à fome ou às lutas durante o percurso.

Às margens dos rios formavam-se diversos acampamentos, que eram utilizados para descanso ou degrego daqueles que desagradavam os governadores das capitanias.

Por volta do ano de 1800, uma colina às margens do Capivary (rio das capivaras) via uma pequena população dando início ao que, no futuro, seria o município de Capivari.

Assim, em 30 de abril de 1783, Antônio Pires de Almeida Moura e Joaquim da Costa Garcia, fundaram o “Arraial de São João de Capivary de Baixo”.

Em 1813 o pequeno povoado é oficializado como freguesia, nos sertões de Itu, sob o nome de São João Batista do Capivary.

Em 5 de junho de 1820, é celebrada a primeira missa, em uma capelinha rodeada por grande número de casas, pelo padre João Jacinto dos Serafins.

Em 10 de julho de 1832, por Decreto, é desmembrado de Porto Feliz, passando a denominar-se Villa de São João de Capivary de Baixo – nome dado para diferenciar de São João de Capivary de Cima (hoje Monte Mor).

Elevado à categoria de cidade, com a denominação de São João do Capivary de Baixo, pela Lei Provincial n.º 27, de 22 de abril de 1864, em 20 de dezembro de 1905, recebeu a denominação de Capivari pela Lei n.º 975.

Em 21 de outubro de 1875 os trilhos da Companhia Ytuana de Estradas de Ferro chegam ao município, e muitas famílias começam a vir de Itu e Porto Feliz e, dessa forma, o povoado começa a crescer.

A construção da Estrada de Ferro, trouxe progresso à nova cidade, e facilitou o transporte, permitindo que pessoas ilustres pudessem visitar a cidade.

Um fato histórico e significativo para Capivari foi a visita do imperador D. Pedro II e da imperatriz Dona Teresa Cristina à cidade em 22 de setembro de 1878.

Assim que o casal imperial chegou à estação de Capivari, já o aguardava uma comitiva para conduzi-los, em um trole (carruagem) à frente da igreja matriz onde esperavam populares e autoridades para a realização da cerimônia oficial.

Ainda na estação ferroviária, muitas pessoas animavam as festividades. As manifestações de carinho ficavam evidenciadas nos olhos da população presente.

Dentre todas as demonstrações de afeto ao imperador uma foi surpreendentemente inesquecível: ao ser conduzido em direção ao trole, ainda na estação, um morador da cidade vendo que o imperador iria pisar no chão para subir ao veículo, subitamente tirou seu paletó e ajoelhou-se, estendendo a roupa para que pisasse antes de subir à carruagem, fato este que deixou o imperador muito emocionado.

O município foi preparado para a recepção com enfeites de flores, folhagens e muitos foguetes. A cidade recebeu limpeza para receber a comitiva imperial, que após receberem homenagens no largo da matriz, retiraram-se para descanso e almoço na casa do Barão de Almeida Lima.

Os monarcas visitaram escolas, e a Loja Maçônica Integridade, onde o Monarca presidiu a reunião, cuja cadeira em que se sentou, é conservada até o dia de hoje, na sede da Loja Integridade em Capivari. Grato por nos prestigiar com sua leitura. Abraço.

COLUNA de autoria de Rubinho de Souza
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Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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