16/09/2016

PM registra 11 casos de atropelamentos na região; oito deles só em Capivari

CAPIVARI | Veículo em alta velocidade, mais a falta de atenção do pedestre, estão entre as principais causas de atropelamentos com vítimas fatais registradas em todo o país. De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 12 mil pessoas morrem atropeladas por ano em todo o Brasil, isso sem contar as outras vítimas que sofrem lesões e fraturas graves após o acidente.
Um levantamento feito junto à 2ª Companhia da Polícia Militar de Capivari, com abrangência nos municípios de Capivari, Rio das Pedras, Saltinho, Elias Fausto, Mombuca e Rafard, de janeiro a agosto deste ano (2016), foram registrados 11 casos de atropelamentos. Destes, oito ocorreram em Capivari, dois em Rio das Pedras e um em Saltinho. Na média, Capivari registrou um atropelamento por mês.
Segundo a Polícia Militar, dos casos registrados, apenas uma vítima morreu. O acidente ocorreu na madrugada do dia 9 de julho, na Avenida Dr. Ênio Pires de Camargo, bairro Ribeirão, em Capivari.
Porém, de acordo com a Polícia Rodoviária, outro atropelamento com morte aconteceu em Capivari, no dia 22 de agosto. Um homem de 40 anos foi atropelado no Km 43 da Rodovia Jornalista Francisco Aguirre Proença. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
No último sábado, 10, uma menina de quatro anos também morreu em Limeira, vítima de atropelamento. Ela estava internada com a mãe e a irmã, que também foram atingidas quando saíam do supermercado. Há suspeitas de que o motorista do veículo estava em alta velocidade.

Fatores de risco
Para o capitão José Donizetti G. de Oliveira, da 2ª CIA de Polícia de Capivari, um dos principais agravantes no aumento do número de atropelamento de pedestres é a alta velocidade dos veículos. “Se o motorista está em alta velocidade e de repente aparece o pedestre, ele dificilmente vai conseguir frear o carro. Dirigir no limite de velocidade permitido e redobrar a atenção em locais de grande circulação de pessoas é a melhor prevenção”, explica o policial.
Outro agravante apontado pela PM é a falta de acostamentos nas rodovias. “Um exemplo é o bairro São Pedro, em Capivari. Ele fica afastado da cidade e as pessoas andam perto da pista. Naquele trecho não tem acostamento e isso aumenta o risco de atropelamento”, alerta Oliveira.
Além dos riscos com veículos em alta velocidade e das condições das pistas, segundo a PM, tem também a falta de atenção dos pedestres. Algumas atitudes básicas no dia a dia são essenciais para evitar os acidentes com pedestres. “O pedestre também precisa ficar atento. Não andar no meio da rua, ter cuidado com as crianças, quando descer do ônibus, não passar pela frente e sim por trás do veículo, e sempre atravessar na faixa de pedestres, o que muitos não fazem”, pede precaução.
O uso de telefones celulares por pedestres e motoristas é outro aliado dos índices de atropelamento. As redes sociais, programas de mensagens instantâneas e e-mails podem hoje ser vistos em qualquer lugar, inclusive nas ruas, e isso acaba distraindo tanto o pedestre quanto o motorista. “É comum encontrar motoristas dirigindo e falando ao celular ao mesmo tempo, ou dirigindo e enviando mensagens. Caso apareça alguém na frente do carro a chance de atropelar o indivíduo é muito maior. Não só o motorista, mas o pedestre também atravessa a rua olhando no celular. É preciso ter cuidado ao dirigir e ao sair de casa a pé”, conta o capitão.