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Por reajuste de 12%, bancários da região aderem à greve nacional

Os bancários entraram em greve pelo país por tempo indeterminado nesta quinta-feira (19), de acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), seguindo decisões de assembleias ocorridas no dia 12 deste mês.
Em vários estados, agências já amanheceram fechadas e com faixas nas portas. O balanço do primeiro dia de greve será conhecido apenas no final do dia, segundo o sindicato da categoria.
Na quarta-feira, 18, os trabalhadores decidiram, em assembleias, como organizar a greve de quinta-feira. Segundo a Contraf, cada sindicato tem autonomia para definir como faz a greve, mas o objetivo é parar o maior número de agências possível.
Funcionários das agências do Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal de Capivari estão com o atendimento suspenso por tempo indeterminado. Somente os caixas eletrônicos estão disponíveis.
Uma decisão do Poder Judiciário e da Justiça do Trabalho garante o direito de greve aos bancários e permite que o sindicato mantenha representantes dentro das agências para verificar a situação. “As agências que tiverem trabalhadores que não aderirem à greve terão que abrir, mas para trabalhar”, afirmou Paiva. “Estamos com informação de agências fora do centro que estão fechando, essa é uma greve assumida”, concluiu o sindicalista.

Reivindicações
De acordo com o Sindban, as propostas apresentadas no início do mês pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) foram consideradas insuficientes e, por isso, foi decidido pela greve. A Fenaban ofereceu, em reunião no dia 5 de setembro com o Comando Nacional dos Bancários, reajuste de 6,1% sobre os salários.
Os bancários pedem reajuste salarial de 11,93%, melhorias nas condições de trabalho como fim de metas abusivas e assédio moral. O Sindban quer ainda fim das demissões e aumento nas contratações, além do fim da terceirização. Outra reivindicação da classe é o apoio com educação e alimentação, além de cota de 20% para contratações para negros.

Fenaban
A Fenaban informou, por meio de assessoria de imprensa, que não faz balanços sobre quantidade de bancários que aderem a greves. A nota diz ainda que “a Fenaban lamenta essa posição dos sindicatos, que causa transtorno à população, e reitera que a maioria das agências e todos os canais alternativos, físicos (autoatendimento, correspondentes) e eletrônicos, vão continuar funcionando normalmente. Os bancos respeitam o direito à greve, entretanto, farão tudo que for necessário e legalmente cabível para garantir o acesso da população e funcionários aos estabelecimentos”.

Alternativas ao cliente
Apesar da paralisação em parte das agências bancárias, as contas vencem normalmente e os pagamentos não devem ser protelados. Assim, os consumidores evitarão a cobrança de eventuais encargos.
Entretanto, segundo a Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-SP), a obrigação da empresa credora é oferecer outras formas e locais para que os pagamentos sejam efetuados.
Se a solicitação não for atendida, deve-se documentar esse pedido – enviar e-mail ou anotar o número de protocolo de atendimento – para que, caso o fornecedor não atenda à tentativa de quitar o débito, possa reclamar em órgãos de defesa do consumidor, como o Procon.
Cidadãos que têm cobranças dentro do prazo a pagar e dinheiro para sacar, mesmo os que têm de fazer movimentações de uma conta para outra, devem procurar meios alternativos como terminais de autoatendimento, caixas eletrônicos e terminais da rede Banco 24 Horas.
Além destas saídas mais convencionais, o cliente pode buscar os serviços de bankfone e internet banking. Caixas eletrônicos, no entanto, só permitem saques com valor máximo de R$ 1 mil ou um limite de três transações diárias.
Para os que não têm acesso à rede ou que apresentam dificuldades para utilizar centrais de autoatendimento, os Serviços de Atendimento ao Cliente (SAC) dos bancos estão disponíveis para informar qual a agência ou posto bancário está ativo e para dar outras informações.
Se as contas já venceram, ainda há saída. De acordo com a Fenaban, cobranças de concessionária (luz, água, telefone, gás) devem ser pagas normalmente pelos canais alternativos do banco – internet, call center, aplicativo para celular, caixas eletrônicos e os correspondentes. As próprias empresas costumam inserir os juros e as multas na conta do mês seguinte.
Já para títulos de cobrança, como condomínio, escola, academia e financiamentos, é indicado que se peça um novo boleto já com os valores atualizados ou que o pagamento seja efetuado pelo Débito Direto Autorizado (DDA), um serviço de apresentação eletrônica de boletos bancários que permite ao cliente realizar o pagamento de boletos eletronicamente.
No caso de o boleto ser de um banco específico e da agência estar fechada, é recomendada a solicitação de uma nova via de documento em atraso no site da instituição, mesmo para os não-correntistas.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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