Não sei descrever a fisionomia, nem a constituição física de Deus. Mas precisa? Ou, basta saber que Ele é Amor! Deus é o Artista mor, que esculpiu o homem à sua imagem e semelhança e deu vida ao barro soprando nele o fôlego. (Gênesis 2:7) É o pintor mor, que pintou os frutos, o céu, a vegetação e as flores para o nosso deleite. Deus é o compositor mor, que deu aos pássaros a musicalidade de tão variada beleza e suavidade que encanta os melhores músicos que para isso atentam. Fico imaginando a música que a orquestra e o coral virão apresentando ante a figura do maestro magistral Jesus Cristo, quando Ele vier num espetáculo apoteótico. Todo o Universo vibrará de alegria com tal evento emocionante!
Jesus afirmou: “Deus é espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e verdade.” (João 4:24) Paulo confirmou (2 Coríntios 3:17), isto é, Deus tem uma mentalidade mais elevada, e é necessário que seus adoradores o façam com a mente mais pura e com veracidade. Deus é amor e importa que guardemos sua lei e determinações porque o amamos. Assim, porque Ele ama os nossos semelhantes, como nos ama, assim, importa que amemos o próximo.
A escritora Ellen G. White escreveu: “Desde o mais minúsculo átomo até o mundo maior, todas as coisas, animadas e inanimadas, em suas insondáveis belezas e perfeito gozo, declaram que Deus é amor”. The Great Controversy, 678.
Outra característica de Deus é que o seu caráter não muda, isto é, sua personalidade, (amor, mansidão, bondade) suas decisões são imutáveis, assim como são, sua presciência, onipotência, onipresença, infalibilidade, incorruptibilidade, santidade, soberania, justiça. Ele diz: “Porque eu, o Senhor não mudo.” (Malaquias 3:6) Tiago diz: “… do Pai das luzes em quem não pode existir variação ou sombra de mudança.” Ele ama o pecador em qualquer circunstância, mesmo quando está pecando, porém, a sua justiça é certa e executada.
Mais uma característica de Deus: Ele é misericordioso. (Salmo 103:8) “Aquele que confessa, arrependido e deixa o pecado, alcança misericórdia.” (Provérbios 28:13)
Seria fascinante conhecer a Deus, vê-lo face a face, conversar, aprender dele pessoalmente, mas nossa natureza pecaminosa nos separa da divindade, (Isaías 59:2) mas “Deus ama aqueles que esperam pelo seu amor.” (Salmo 147:11)
Contudo, O Senhor deseja que o conheçamos, pois é conhecendo-o que alcançamos a vida eterna. “E a vida eterna é esta: que conheçam a ti como único Deus e a Jesus Cristo, a quem enviaste.” (João 17:3)
Entre as revelações de Deus, a mais clara e exata é por meio da vida e morte de Jesus. “O Filho é o resplendor de sua glória e a expressa imagem” do Pai. (Hebreus 1:3) O próprio Jesus disse ao fariseu e à multidão: “se conhecêsseis a mim também conheceríeis o Pai” (João 8:19). “Quem vê a mim vê o Pai.” (João 10:30) E ao apóstolo Filipe: “Há tanto tempo estou convosco e não me conheces, Filipe? Quem me vê, vê o Pai. Como dizes: mostra-nos o Pai.
Rodrigo Silva escreveu: “… não basta conhecer a Deus teoricamente. É preciso se relacionar com Ele. No pensamento bíblico, “conhecer” envolve mais do que saber fatos. Não é algo que se alcança apenas por meio da leitura de um livro ou uma pesquisa, Embora essas coisas tenham seu valor, o verdadeiro conhecimento de Deus vem de um relacionamento pessoal e amoroso com Ele”. Meditações Matinais, p. 59. 2025. C.P.B. Tatuí, S. Paulo.
O curso de teologia pode ensinar o processo para obter tal relacionamento, mas, não lhe dará tal experiência, que só se consegue com a convivência diária com Deus. É como o namoro e o noivado, a amizade, o amor e a confiança mútua, só advém com a frequência dos encontros.
Citando ainda Rodrigo Silva: “Você pode ser ‘circunstancialmente’ íntimo de uma pessoa e não ter comunhão com ela. Isto ocorre com muitos casais, compartilham a mesma casa, dividem a mesma cama, mas perderam a conexão há muito tempo. O segredo, portanto, é conhecer, relacionar-se e renovar diariamente o amor em relação ao outro.” (Idem, p. 60)
Se você quer conhecer a Deus, fale com Ele, estude sobre Ele, examine suas obras, vida, sofrimento e interesse de Cristo em lhe dar o melhor, então, não o conheceremos mais de forma obscura, mas face a face, assim como sou conhecido por Ele. (1 Coríntios, 13:12)
