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Radar propõe comodato da Capela de Itapeva à Diocese de Piracicaba

07/07/2014

Radar propõe comodato da Capela de Itapeva à Diocese de Piracicaba

Empresa reuniu-se com padre José Eduardo Sesso para negociar o destino da capela; grupo quer a preservação da fazenda inteira
Gaudio apresentará a resposta da empresa na próxima reunião, marcada para quarta-feira, 23 (Foto: Túlio Darros/O Semanário)
Gaudio apresentará a resposta da empresa na próxima reunião, marcada para quarta-feira, 23 (Foto: Túlio Darros/O Semanário)

RAFARD – O responsável pela divisão de sustentabilidade da Radar, André del Gaudio, se reuniu com o padre José Eduardo Sesso na manhã de quarta-feira, 2, para negociar o destino da Capela de São João Batista de Itapeva – recentemente restaurada pela empresa –, que fica na área central da Fazenda Itapeva, da qual é proprietária. O encontro aconteceu no Centro Pastoral Padre Renato Lucchi.

Na ocasião, também estiveram presentes o assessor de gabinete e convênios da Prefeitura de Rafard, Marcel Bertelli, a secretária de Cultura, Esporte e Turismo, Sueli Batagin, o diretor de Indústria, Comércio e Habitação, Pablo Panza, os vereadores Daniela Parra (PSDB) e Wagner Bragalda (PMDB), o prefeito de Capivari, Rodrigo Proença (PPS), os historiadores José Roberto Guedes e Heitor Turolla (ex-prefeito de Rafard), o radialista Francisco Antonio Marques, da Rádio R FM, e o diretor do jornal O Semanário, Túlio Darros.

Gaudio explicou que a proposta da Radar é ceder a capela em comodato (emprestado) à Diocese de Piracicaba, para a celebração de missas e casamentos no local, por exemplo. Com isso, fica de responsabilidade da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes qualquer tipo de manutenção necessária daqui para frente, até o fim do período a ser concordado.

Grupo fez contraproposta ao representante da Radar; eles querem a preservação da Fazenda Itapeva (Foto: Túlio Darros/O Semanário)
Grupo fez contraproposta ao representante da Radar; eles querem a preservação da Fazenda Itapeva (Foto: Túlio Darros/O Semanário)

Porém, José Roberto Guedes lembrou que as casas da fazenda, aos poucos, estão sendo desocupadas e posteriormente demolidas a pedido da Raízen. Segundo ele, “não adianta ter uma capela conservada no meio da cana”. Dessa maneira, o grupo fez uma contraproposta: que a Radar conceda, não só a capela, mas seu entorno também. Segundo Guedes, lá existem aproximadamente 40 moradias.

Ao longo da conversa, os participantes também abordaram outros assuntos, os quais envolveram a preservação de patrimônios históricos da cidade, bem como a valorização cultural e turística de Rafard. Como exemplo, foi citado o Tanque São José, além da conservação de todas as fazendas e seus imóveis.

Em relação à Fazenda São Bernardo, André del Gaudio disse que já existe um projeto em andamento tentando se adaptar ao projeto “Renova São Paulo”, do governo estadual, destinado ao resgate e à preservação de cidades do interior. “Se nós trabalharmos juntos, Rafard será muito beneficiada”, afirma o responsável pela divisão de sustentabilidade da Radar.

Esperança

Em virtude da quantidade de ideias que surgiram durante a conversa, o grupo decidiu criar uma Comissão Intermunicipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Artístico, Cultural e Pedagógico. A iniciativa visa trabalhar junto à empresa Radar nas decisões perante os assuntos citados, buscando incentivos e a criação de projetos. Qualquer pessoa pode participar.

Gaudio, que tinha “carta branca” para realizar o comodato da Capela de Itapeva, apresentará a contraproposta à Radar, e levará a resposta da empresa na próxima reunião, marcada para quarta-feira, 23, às 15h, no Centro Paroquial Cônego Luiz Talassi. Assim que o destino da capela for decidido, haverá um evento de reinauguração, com pórtico (placa) contendo um resumo de sua história.

Capela de Itapeva foi restaurada recentemente (Foto: Divulgação/Radar)
Capela de Itapeva foi restaurada recentemente (Foto: Divulgação/Radar)

A capela

A Capela de Itapeva marca a fundação das cidades de Rafard e de Capivari. Foi a primeira igreja construída na região, por volta de 1795, pelo padre João Ferreira de Oliveira Bueno, junto à casa grande e ao lado do açude, da casa do engenho, das senzalas, dos estábulos pavimentados e do embarcadouro da Fazenda São João Batista de Capivari (atual Fazenda Itapeva).

A capela estava abandonada há mais de 10 anos. Antes da restauração, o interior da igreja se encontrava arruinado, o telhado desabando e as Imagens perdidas em meio a teias, aranhas, formigas e abelhas. Em novembro de 2013, uma comissão da comunidade católica resgatou todos os objetos do local, sob a supervisão da Radar, e escreveu uma ata com a relação do que foi retirado.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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