Rafard exibe premiado longa “Maputo Nakuzandza”
Filme será apresentado no dia 15 de maio, às 19h, no Centro Cultural Júlio Henrique Raffard, com entrada gratuita
Uma experiência cinematográfica sensível, poética e profunda que conecta Brasil e Moçambique por meio da arte e da resistência. Assim será a exibição do longa-metragem “Maputo Nakuzandza”, promovida pela Diretoria de Cultura e Turismo de Rafard, como parte de sua programação cultural gratuita.
O filme será apresentado na quarta-feira, 15 de maio, às 19h, no Centro Cultural Júlio Henrique Raffard. A entrada é livre para todos os públicos. Dirigido por Ariadine Zampaulo, o longa aproxima os continentes africano e sul-americano com um retrato afetivo da cidade de Maputo, capital de Moçambique, entrelaçando histórias, cotidiano e os impactos ainda presentes da colonização portuguesa.
Ganhador do Prêmio Especial do Júri na Mostra Première Brasil: Novos Rumos do Festival do Rio 2022, “Maputo Nakuzandza” tem produção e roteiro assinados por Zampaulo em parceria com a moçambicana Maria Clotilde Guirrugo, da Mariclô Produções. O título do filme significa “eu te amo”, em changana, língua falada no sul de Moçambique. A narrativa retrata um dia na cidade, evidenciando o cotidiano de seus personagens e o cenário urbano como um organismo vivo.
“O filme surgiu da minha imersão em Maputo durante o intercâmbio universitário. A convivência com artistas e o envolvimento com a cena cultural local tornaram inevitável a vontade de registrar aquelas vivências”, explica Ariadine, que estudava Cinema e Audiovisual na Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói (RJ), quando gravou o longa, em 2017.
Leia também:
- Capacitação em soldagem chega a Rafard com início previsto para 26 de maio
- Cardeal americano é eleito Papa Leão XIV e assume liderança da Igreja Católica
A proposta estética do filme apostou em planos abertos e cenas improvisadas com os atores, deixando que o movimento natural da cidade compusesse a narrativa visual. “As cenas aconteciam enquanto a cidade seguia seu curso. As ruas, as pessoas, os sons — tudo era parte da construção cinematográfica”, comenta David Gross, diretor de fotografia.
Além do Festival do Rio, “Maputo Nakuzandza” já foi premiado ou exibido em importantes mostras ao redor do mundo, como o FIDMarseille (França), o New Directors/New Films (EUA), o Sicilia Queer Filmfest (Itália), o Urusaro International Women Film Festival (Ruanda), a Mostra de Tiradentes e o Olhar de Cinema (Brasil).
Para Vivian Ui, assessora de Cultura e Turismo de Rafard, a exibição representa mais do que uma sessão de cinema: “Acredito que o intercâmbio entre artistas de nossa cidade e da região reforce a rede entre esses agentes culturais. Conheço o trabalho de Ariadine há anos e tenho certeza que será um presente para a comunidade rafardense”.
