Opinião

Rafard – Memórias VII

15/01/2016

Rafard – Memórias VII

Denizart Fonseca é professor de Educação Física e militar (Foto: Arquivo pessoal)
Denizart Fonseca é professor de Educação Física e militar (Foto: Arquivo pessoal)

ARTIGO | Estamos no início do ano 2016, prosseguindo com a boa intenção de recordando os “bons tempos que não voltam mais” e “quando éramos felizes e não sabíamos”, da nossa meninice e agora na avançada idade, comentar sobre as fases, alegres e outras não tanto, passadas e hoje passamos neste Município chamado Rafard.
No último comentário prometemos relatar fatos dos quais, – direta e indiretamente participamos – ocorridos na campanha para emancipação político-social, desligando-se da vizinha Capivari. Não entraremos em detalhes, pois são encontrados na excelente obra de autoria do nosso prezado amigo: o escritor, historiador e poeta Pedro Silveira Rocha, editada em 1987, sob o patrocínio da Prefeitura de Rafard, na pessoa do então prefeito Heitor Turolla, contando também, com a colaboração de outras organizações e pessoas, documentário que deve ser lido carinhosamente por todos os que de fato amam este pedaço de chão brasileiro. Dentre outras que ilustram o livro, há uma que marca a visita em Março de 1965 no Palácio 9 de Julho por Membros da Comissão Plebiscitária ao Sr. Dr. Adhemar Pereira de Barros então Governador do Estado de São Paulo em agradecimento pela promulgação da Lei que deu maioridade político-administrativa e econômica à Rafard, recebendo o foro de Município.
Sobre a emancipação, podemos confirmar, foi uma luta memorável por haver contado com o irrestrito apoio de toda a sua população, visando a satisfação e o progresso que a liberdade de pensamento e ação proporcionam ao ser humano. Foi fundado o Clube Amigos de Raffard, onde dezenas de pessoas, aqui nascidas ou não, se reuniam para discutir os planos que levariam o objetivo à vitória final.
Tivemos como inigualável líder o cidadão Genaro Vigorito, posteriormente cognominado “Marechal da vitória” que; além da condição de um dos melhores agentes da “General Motors do Brasil”, do seu tino administrativo, desfrutava da amizade de muitos políticos estaduais e federais, dentre eles o Deputado Dr. José Blota Junior, advogado radialista, comunicador, sendo na ocasião uma das figuras que mais se destacaram no cenário político do rádio e na televisão. Convidado por Genaro para assumir, – em momento em que as esperanças de sucesso estavam quase mortas – uma posição na campanha em favor do desmembramento, aceitou a causa a ela dedicou-se como se sua fosse, bravamente lutou na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.
Por seu comprovado talento e admiráveis armas de sua fluente verve, conseguiu que a 08 de Fevereiro de 1964 unindo-se a outros distritos beneficiados pela Lei n. 8.092/64 pudéssemos felizes entoar o hino da vitória, uma das razões pelas quais, agradecidos guardemos na memória a sua prezada e simpática imagem, certos que; em seu bondoso coração há um pequeno espaço para os habitantes da “Cidade Coração”.
Embora muitos outros nomes de destaque na política de então, tenham apoiado dando assistência àquela nobre e justa causa, comprovados por suas fotografias em comitiva, pelas ruas quando nos visitaram – pelo que reiteramos nossa imorredoura gratidão, citamos apenas o Deputado José Blota Junior para; além dos seus méritos, não nos tornarmos prolixos. Durante a campanha participamos também dos diários contatos com Genaro em Brasília, no estúdio do rádio amador Luiz Thomazini, um dos ferrenhos sócios do Clube Amigos de Rafard que muito colaborou para o final feliz.
Alcançado o nosso objetivo, temos tentado encontrar, através do voto elementos que conscientes da responsabilidade assumida ao serem eleitos para os Poderes Judiciário, Legislativo e Executivo, cumpram com patriotismo e amor à terra em que vivem. Que assim seja.

Cidadania
Pelo volume do comentário, estamos deixando para a próxima semana, este assunto.

Jornal O Semanário

Esta notícia foi publicada por um dos redatores do jornal O Semanário, não significa que foi escrita por um deles, em alguns dos casos, foi apenas editada.

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